MARCELO FENERICH
Verificar o nível do óleo semanalmente – e completá-lo, se necessário, de acordo com as recomendações contidas no manual da motocicleta – é a forma mais adequada para garantir o bom estado de conservação do motor. O lubrificante é o elemento que mais afeta o desempenho e a durabilidade do propulsor de um veículo.
Entretanto, há muitos mitos sobre esse serviço, que geram dúvidas a respeito da hora certa de trocar o óleo e do lubrificante ideal a utilizar. Diversos motociclistas acreditam que é o correto substituir o fluido até a metade do nível recomendado.
Outros dizem que a troca deve ser feita a cada 1.000 km rodados. Há também aqueles que fazem o serviço uma vez por semana. “Essas ideias vêm da década de 1980, quando os óleos duravam menos. Agora, com a evolução da tecnologia, o lubrificante tem prazo bem maior”, explica o instrutor técnico da Yamaha Motor Alexandre Hernandes.
Segundo ele, nas motos de baixa cilindrada da marca a empresa recomenda a troca do óleo a cada 3.000 km – exceto na primeira substituição, que deve ser feita aos 1.000 km, junto com a revisão.
A validade do fluido é outro fator a ser levado em conta. Após sair da embalagem, o lubrificante dura seis meses. Mesmo que a motocicleta não rode a quilometragem indicada no manual, depois desse período o óleo deve ser substituído.
Funções
Cada óleo possui porcentuais de aditivos que visam, basicamente, inibir a formação da borra. Outras funções são diminuir a espuma provocada pela agitação do fluido – aumentando a eficiência da lubrificação – e controlar a viscosidade.
“Na hora de trocar o lubrificante, é imprescindível também verificar a necessidade de substituição dos filtros de óleo e ar da motocicleta”, aconselha o engenheiro do departamento de Relações Institucionais da Honda, Alfredo Guedes. “Esses componentes também devem ser trocados conforme recomendação da fabricante.”