O Defender 90 é a versão menor e mais em conta da linha. Ainda assim, traz tudo que as irmãs oferecem, inclusive as avançadas soluções eletrônicas de entretenimento e segurança. Porém, além de ser a única com carroceria de duas portas, é 44 cm mais curta que a 100, o que lhe dá um charme e tanto. Assim, embora tenha a mesma capacidade das demais para encarar trilhas pesadas, ela faz muito sucesso é no trânsito urbano, onde vai fazendo os pescoços virarem por onde passa. Até porque, é improvável que alguém que pague os R$ 547.950 pedidos pela Land Rover coloque esse carro na terra.
Seja como for, para os que buscam desempenho o Defender 90 pode ser um baita negócio. Afinal, ele é quase 180 kg mais leve que o irmão 110, mas utiliza a mesma base mecânica. Ou seja, motor 2.0 de quatro cilindros que gera 300 cv de potência e 40,8 mkgf de torque. Bem como o câmbio automático de oito velocidades. Segundo a Land Rover, o Defender 90 pode acelerar de 0 a 100 km/h em 7,1 segundos.
Trata-se de um número e tanto, considerando que o utilitário feito na Inglaterra pesa 2.140 kg e tem 1,97 metro de altura. Além disso, a tração é 4×4 permanente, os pneus são 255/60 e rodas têm 20 polegadas. Sua velocidade máxima é de 191 km/h, de acordo com dados da fabricante.
Defender 90 é mais curto que Corolla
Por ter 4,58 m de comprimento (com o estepe) – são 5 cm a menos quem um sedã Toyota Corolla, por exemplo -, o Defender 90 vai bem em vias urbanas. Colabora com isso o diâmetro de giro de 11,3 m. Para comparação, na verão 110 do Defender são 12,8 m e no Corolla, 10,4 m. Em outras palavras, isso facilita as manobras em locais apertados.
Seja como for, a sensação ao volante é um tanto paradoxal. Quando se pisa forte no acelerador, o Land Rover urra forte, parece que vai desembestar e passar por cima de tudo à frente. Porém, estamos falando de um utilitário pesadão.
Aliás, as respostas da direção elétrica também não deixam o motorista se esquecer de que o 90 é herdeiro de uma das mais emblemáticas castas de modelos off-road do mundo. Assim, portanto, o ajuste é feito para garantir segurança em um carro com centro de gravidade alto e com gabarito para subir rampas íngremes e vencer obstáculos severos.
Cabine caprichada
E por falar em respostas, segurança, etc, o sistema de suspensão pneumático tem três níveis de atuação que regulam a altura e a intensidade de amortecimento. Eles podem ser ativados pelo motorista ou de forma automática, de acordo com as condições da via.
Disponível em configuração única no Brasil, o Defender 90 chega repleto de equipamentos. Isso inclui painel digital e configurável, sistema multimídia com tela de 10 polegadas, espelhamento de celular e som com 400 W de potência. Bem como faróis de LEDs com ajuste automático, câmeras de 360°, frenagem de emergência e manutenção de faixa de rolagem, entre outros itens.
O acabamento da cabine é caprichado e, atrás, há espaço para três pessoas, embora dois viagem com muito mais conforto. Aliás, um dos pontos ruins é o acesso a esse banco. Os assentos dianteiros são projetados para a frente (o acionamento é elétrico) e, assim, abrem espaço.
Porta-objetos por todos os lados
Porém, é preciso fazer algum contorcionismo para chegar ao banco traseiro. Seja como for, há bom espaço para as pernas dos ocupantes. Além disso, quem tem até 1,8 m não vai raspar a cabeça no teto.
Já o porta-malas tem 397 litros de capacidade. Porém, o espaço atrás do banco traseiro é relativamente curto. Assim, é preciso empilhar as bagagens. Seja como for, a tampa traseira, com abertura na horizontal, facilita essa tarefa.
Além disso, há vários compartimentos espalhados pela cabine. Somados, têm 36,8 litros. O carro das fotos também tem rack de teto, além de um porta-objetos fixado no vidro traseiro. Esses itens, além da escadinha, são vendidos como acessório.