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Depois da Toyota, GWM vai produzir híbrido flex no Brasil em 2024
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Depois da Toyota, GWM vai produzir híbrido flex no Brasil em 2024

GWM produzirá veículos com motores flexível e elétrico na fábrica de Iracemápolis; picape Poer deve estrear sistema híbrido flex da chinesa

Vagner Aquino, especial para o Jornal do Carro

24 de mar, 2023 · 6 minutos de leitura.

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Haval H6 pode ganhar 1.5 turboflex, mas depende da produção nacional para isso
Crédito:GWM/Divulgação

Na semana em que o Jornal do Carro noticiou os 20 anos do lançamento do carro flex no Brasil e suas inovações, a Great Wall Motors (GWM) anunciou que entrará na dança. Durante apresentação para detalhamento de serviços pós-vendas, a fabricante chinesa confirmou a futura produção de veículos híbridos com alimentação bicombustívlel no País.

“Existe um caminho de eletrificação acontecendo no mundo, seja ele no híbrido, 100% a bateria, ou para o futuro, com pesquisas de células de combustível. E o Brasil tem papel protagonista em toda essa base”, sinalizou Oswaldo Ramos, CCO da GWM do Brasil. “Estamos em desenvolvimento com essa tecnologia híbrida flex. A gente vai lançar o novo primeiro produto, que não é o Haval H6, feito em Iracemápolis (SP) com sistema híbrido flex”, admitiu Ramos.



HAVAL H6 GT, O SUV HÍBRIDO PLUG-IN QUE RODA MAIS DE 1.000 KM

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Picape Poer deve estrear sistema híbrido flex da GWM

Dessa forma, a fabricante chinesa acompanhará a Toyota, que foi a primeira montadora a lançar um carro híbrido flex no mundo em 2018, com o Corolla sedã hybrid. Ainda não se sabe qual o modelo será o escolhido pela GWM. Mas a data é certa: a produção começa no segundo semestre de 2024, quando a fábrica da montadora – que era da Mercedes-Benz – dará início à operação. Contudo, tal como o JC antecipou, o modelo será a picape média Poer.

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GWM/Divulgação

No momento, a montadora testa no Brasil outro modelo já disponível no mercado chinês, o Jolion. O modelo é menor que o H6, ou seja, tem tamanho de Honda HR-V, Hyundai Creta e VW T-Cross. É quase certo que a GMW vai vender o SUV compacto no Brasil. Entretanto, a mais cotada para estrear o sistema híbrido flex é a picape Poer. Vale lembrar que, na fila de novidades, estão ainda os SUVs off-road de luxo da marca Tank.


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GWM/Divulgação

Demais planos e serviços

A GWM confirmou a chegada ao Brasil de 584 unidades do Haval H6 (linha 2023/2024), bem como a inauguração do primeiro ponto de vendas em um shopping de São José do Rio Preto (SP). O plano da marca é inaugurar 50 concessionárias, por meio de parceria com 28 grupos. Com aporte de R$ 1 bilhão, as unidades abrirão as portas ainda no 2º trimestre deste ano. Em seguida, até a metade de 2024, o objetivo é chegar a 133 revendas.

Em relação aos serviços de pós-vendas, a GMW destaca o atendimento leva e traz, a oficina móvel e a capacidade de seu depósito de peças em Cajamar (SP). O galpão tem área total de armazenagem de 23.200 metros quadrados. Assim, a montadora quer deixar claro que a falta de peças não será problema. Aliás, a chinesa vende o Haval H6 em três versões: Premium HEV (R$ 209 mil), Premium PHEV (R$ 269 mil) e GT PHEV (R$ 299 mil).


Revisões

Na GWM, as revisões da linha Haval H6 acontecem de 12 mil e 12 mil km – o comum no mercado brasileiro é a revisão a cada 10 mil km. Em relação aos valores, o híbrido HEV – que usa motor 1.5 turbo a gasolina e um elétrico – tem preços de R$ 920 nas duas primeiras revisões (12 mil km ou um ano; 24 mil km ou dois anos). Já a terceira (36 mil km ou três anos) e a quarta (48 mil km ou quatro anos) têm custo de R$ 1.220. Assim, totaliza R$ 4.280.

Mas há um adendo. Nos híbridos plug-in (PHEV, com o motor 1.5 aliado a dois motores elétricos com baterias recarregáveis) o plano é igual até a terceira revisão. Entretanto, a quarta (com 48 mil km ou quatro anos) fica mais cara: R$ 1.500, com um total de R$ 4.560.

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Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.