RAFAELA BORGES
O Grupo Effa suspendeu a produção dos modelos da marca chinesa Lifan no Uruguai. Segundo informações da empresa, a planta tem 3 mil unidades do 320 (hatch) e do 620 (sedã) prontas. Com as incertezas causadas pelo aumento do IPI para alguns importados, o plano é esgotar esse estoque antes de retomar a fabricação.
Embora o Uruguai seja integrante do Mercosul, os Lifan não estão isentos da alta de 30 pontos porcentuais no IPI anunciado pelo Ministério da Fazenda. Para não recolher a nova alíquota, modelos produzidos nos países do bloco ou no México precisam ter, no mínimo, 60% de combinação entre peças locais e brasileiras – nos veículos nacionais são 65% de componentes feitos aqui.
Apesar de rumores de que os Lifan seriam montados em sistema CKD com peças chinesas, a Effa informa que cerca de 40% dos componentes são feitos no Uruguai e no Brasil. Ainda assim, a empresa não atende às regras. Conforme um porta-voz da montadora, a fábrica voltará a funcionar, mas não há previsão de quando isso ocorrerá. Pelas vendas no primeiro semestre, de 2.516 unidades, dá para estimar que serão necessários ao menos seis meses para zerar o estoque.
Ao menos por enquanto, as tabelas do 320 (R$ 30 mil) e do 620 (R$ 40 mil) serão mantidas. Segundo informações da empresa, quando aumentarem ficarão abaixo dos 25% estimados pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega.