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Aumento de preços faz egípcios boicotarem carros zero-km
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Aumento de preços faz egípcios boicotarem carros zero-km

Contra alta dos preços, egípcios pararam de comprar carros zero-km e levaram a uma queda de 46% nas vendas

REUTERS

14 de mar, 2019 · 4 minutos de leitura.

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PL quer garantir que revenda de carros comprados por venda direta siga regras
Crédito:Mohamed Abd El Ghany/REUTERS

Os egípcios se uniram e não estão mais comprando carros zero-km. Segundo a Reuters, o movimento foi criado para ir contra o aumento de preço dos carros novos. Ele tem como slogan “let it rust”, algo como deixe enferrujar. Um apelo para que os compradores deixem os carros apodrecendo nas lojas por acharem os preços abusivos.

O movimento teve seu ponto alto no mês de janeiro, quando conseguiram que o governo zerasse as taxas de importação sobre os veículos produzidos na Europa. Isso levou a uma queda nos preços. Mas as pessoas que fazem parte do movimento alegam que os valores precisam cair ainda mais.

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O argumento é que os preços subiram mais do que deveriam, especialmente porque a moeda do Egito foi fortemente desvalorizada em relação ao Dólar desde novembro de 2016. “Há início de queda nos preços, mas até esse momento não são satisfatórias para o cidadão egípcio”, afirmou Mohamed Rady, fundador do “Let it Rust”.

A queda nos preços foi entre 20 mil e 40 mil libras egípcias. Algo entre US$ 1.150 e US$ 2.300 (R$ 4.400 – R$ 8.800) para veículos de passeio, que não são considerados de luxo. Já no segmento premium, as quedas ficaram entre 100 mil e 150 mil libras egípcias.

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Queda nas vendas x preços

Mesmo assim, o mês de janeiro, que registrou 11.460 emplacamentos, apresenta uma queda de 42% nas vendas se comparado a dezembro, onde foram emplacados 19.804 carros. Esta informação é da associação que reúne as revendas no País.

Na comparação de ano a ano, as vendas de janeiro foram 10,8% maiores em relação a 2018, porém, isso está muito abaixo da média mensal alcançada de 39,3% de 2017 para 2018. “Os preços não estão dentro das minhas condições”, afirmou Gamal Ismail, um aposentado de 59 anos que tem um Nasr Sahin, versão egípcia já descontinuada do Fiat 131. “Os preços precisam cair pela metade para que eu possa pagar por um carro novo”, completou.


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