28/01/2014 - 11 minutos de leitura.

Eles se dedicam à paixão pelos carros

Conheça as histórias de pessoas que levam ao extremo a paixão pelos automóveis, fundando até clubes

Vai comprar um 0km? Nós te ajudamos a escolher.

Eles defendem seu objeto de amor com unhas e dentes, sabem detalhes da história, unem-se a outras pessoas com a mesma paixão e ficam inconsoláveis em caso de rebaixamento. Torcedores de um time de futebol? Não: fãs de carros que cultuam um modelo específico. E podem ser tão fanáticos quanto o torcedor mais “roxo” de uma equipe esportiva.

++ Siga o Jornal do Carro no Facebook
++ Leia outras notícias sobre comportamento

Carros que marcaram época, como Fusca, Kombi e Opala, têm uma legião enorme de fãs, acumulados ao longo de décadas de produção. Mas não são os únicos que se tornam objeto de culto. Modelos recentes, como o Hyundai HB20, já angariam um número considerável de admiradores.

Continua depois do anúncio

São pessoas que gastam boa parte de seu tempo livre cuidando do carro, lendo sobre ele e trocando informações com outros aficionados, em fóruns de discussão na internet.

Em pouco tempo, esses contatos transcendem o virtual e se transformam em amizades, fortalecidas por meio de clubes que promovem encontros e viagens.

Interessados e dedicados, muitos fãs esmiúçam seu objeto de paixão e tornam-se especialistas no assunto, a ponto de servirem de fonte de informação até para as montadoras.


O diretor de comunicação da Chevrolet, Pedro Luiz Dias, conta que os fãs chegam a dar palestras para os funcionários da marca. “Eles entendem o carro tão bem quanto o engenheiro que o desenvolveu, às vezes até mais.”

Não raro, têm na garagem mais de um exemplar do modelo que adoram. E os tratam com todo o cuidado do mundo.

O presidente do Monza Clube, William Bertochi, diz que há sócios que chegam a faltar aos eventos se há previsão de chuva, para não molharem suas preciosidades. Outros simplesmente não rodam com o veículo, para mantê-lo como novo. “Eles contratam guinchos para transportar o carro até os eventos”, conta.


COBRANÇAS

E ai de quem falar mal do carro que tanto amam: é briga na certa. Por defenderem o modelo com tanta paixão, os aficionados se sentem à vontade inclusive para pedir à marca que salve sua paixão da guilhotina.

“Quando começa o burburinho sobre o fim de um modelo, eles nos procuram e tentam nos convencer a mudar de ideia”, diz o gerente de marketing de produto da Volkswagen, Henrique Sampaio.


E se o modelo amado já disse adeus, não faltam clamores dos saudosistas pedindo uma nova encarnação. “Recebemos até hoje mensagens perguntando quando o Opala e o Monza voltarão a ser feitos”, afirma Dias. “Os fãs são educados, mas bastante incisivos.”

Confira as histórias de alguns desses apaixonados por carros e marcas de veículos.

O empreendedor


A paixão do empresário Alexandre Badolato são os Dodge que a Chrysler fabricou no Brasil nos anos 70 e acabaram desaparecendo. “Com a segunda crise do petróleo e o fechamento da fábrica, eles passaram a valer quase nada. Muitos foram destruídos ou cortados para virar carro alegórico. Sobreviveram apenas 3% da produção”, ele conta. Cruzando informações da Anfavea, de revistas e ex-funcionários da empresa, Badolato conseguiu localizar e cadastrar boa parte dos carros remanescentes. Vários passaram a fazer parte de sua coleção, que ocupa um galpão perto de Campinas (SP). Batizado de Museu Dodge, tem 65 unidades, separadas por modelo (Charger e Dart) e ano de fabricação.

O garimpeiro

A missão do ator e restaurador de carros Andrew Bergamo é ajudar a corrigir o que ele considera uma injustiça com o “finado” Ford Versailles. “Ele tinha acabamento superior ao do Santana e, mesmo assim, foi esquecido: só o Volkswagen ficou famoso”, lamenta. Ele criou um clube para o modelo. “Como o Versailles teve apenas 80 mil unidades produzidas, era difícil encontrar informações sobre ele”. Bergamo tem dois sedãs na garagem e está recuperando uma perua Royale que pertencia à sua família e estava indo para o ferro-velho. Ele garimpa material de época, como revistas, folhetos e pôsteres, e conversa com ex-funcionários da Ford. “Todas as informações são preciosas.”


O colecionador

Para os inúmeros órfãos do Fusca e da Kombi, o barulho do motor refrigerado a ar desses modelos é como música. O publicitário Helder Sobrêda é um desses fãs. O gosto pela linha Volkswagen veio de família – ele tem um Fusca e uma Brasilia 1976 e uma Kombi 1972, esta em fase de restauração. Sua coleção de revistas, iniciada na infância, foi crescendo com os exemplares que ele garimpou em sebos. Mas o destaque do acervo VW são as mais de mil miniaturas – só de Kombi, são 200, de tamanhos variados. O Sampa Kombi Clube, que ele ajudou a fundar, tem perfil bem democrático. “Aceitamos modelos de todos os tipos, do mais original ao mais modificado.”

A defensora


A analista de vendas Patrícia Paiva não se interessava por carros até ganhar um Vectra do pai. Depois de rodar 330 mil km com o Chevrolet, ela se encantou com o sedã, juntou amigos e fundou o Clube do Vectra. Ao acompanhar as discussões de mecânica em um fórum, pegou gosto pelo assunto e hoje discute de igual para igual na hora de deixar o carro na oficina. “Quem gosta mesmo de um modelo mexe nele e conhece bem seus sintomas e particularidades”, diz. Defensora ferrenha do sedã, ela não deixa barato nenhuma provocação. “Quando me dizem que ele é defasado, respondo: o meu carro tem suspensão traseira independente, e o seu?”

O cuidadoso

O analista de sistemas Maurício Simão é apaixonado pelo Monza e guarda com cuidado um sedã que o pai adquiriu em 1986. Até o tapete de papel com o qual o carro foi entregue pela concessionária foi mantido. O carro fica coberto por duas capas, suspenso em um cavalete – para preservar as molas, segundo o dono – e não roda mais que cinco vezes ao ano (e nem em asfalto quente). Uma coleção de recortes e revistas com reportagens sobre o Chevrolet ajuda a preservar a história do modelo. “Muitos mantêm o carro em bom estado, mas não com os pneus originais. É algo que poucos conseguem e eu quero ter”, afirma. “Um veículo bem cuidado vale mais do que um refeito.”


Notícias relacionadas

Notícias

Xpeng, parceira da VW na China, quer vender carros no Brasil

Notícias

Renault Symbioz, novo SUV híbrido, é rival de Compass e Corolla Cross

Notícias

BYD Yuan Pro chega no 2º semestre e promete preço de SUV flex

Notícias

Novo Honda WR-V tem preço definido no Brasil; veja quanto será

OFERTAS 0KM
De R$ 149.990 Por: R$ 139.990

Hyundai Creta New Generation Limited Safety

Bônus de até R$ 9 mil na troca do seu usado ou taxas a partir de 0% a.m.

Hyundai Creta New Generation Platinum Safety com teto solar

Consulte condições.

Mitsubishi L200 Triton Sport Outdoor GLS

CRETA Action AT - PcD De R$ 119.990 por R$ 98.823

Hyundai Creta Action PCD

Entrada + 48x de R$ 999 + Parcela final com recompra garantida

Hyundai Creta Action

Consulte condições.

Mitsubishi Eclipse Cross RUSH

VER TODAS AS OFERTAS