A enchente causada pela chuva que atingiu o litoral norte de São Paulo no fim de semana é considerada com a pior da história da região. Dezenas de pessoas morreram e há centenas de desabrigados. Além disso, muita gente teve prejuízos materiais. Dentre elas, a cantora e influenciadora digital Mari Belém, que ficou ilhada pela enchente em um hotel em São Sebastião, perdeu o carro.
Nas redes sociais, a filha de Fafá de Belém contou que o local parecia “um cenário de guerra”. Em um dos vídeos, Mari exibe a imagem de seu BMW X3 (à esquerda na foto acima) no alagamento. Um modelo similar zero-km tem preço sugerido de R$ R$ 410.950 no site da marca alemã. Essa opção é híbrida do tipo plug-in, que tem potência de 292 cv e pode acelerar de 0 a 100 km/h em 6,1 segundos. Em, outro momento, Mari relata que todos os carros que estavam no estacionamento deram pane e as janelas se abriram. “O meu ficou quietinho, ali, mas não sei está com o vidro aberto”, diz.
De acordo com o Mari Belém, por volta das 5h de domingo (19), o quarto do hotel onde ela estava havia alagado. A piscina, a garagem e todas as demais dependências ficaram debaixo d’água. Além disso, todos os carros estacionados na propriedade fora atingidos pela enchente. A água chegou até à metade a altura da carroceria. Nesses casos, não há o que fazer. Ou seja, a solução é aguardar a avaliação da seguradora para saber o valor da indenização.
Após enchente, deve-se acionar o seguro
Mas, para que o seguro cubra o dano, o motorista deve ficar atento. Afinal, não haverá indenização caso o segurado entre no alagamento de forma deliberada. Assim, se ficar comprovado que o acidente foi causado por imprudência, a seguradora vai negar o pagamento da indenização.
Ou seja, a recomendação é jamais entrar em áreas onde haja enchente. Isso porque não é possível saber se há buracos ou pedras pelo caminho. Bem como a profundidade do alagamento. Portanto, se o carro parar, o motorista pode ficar preso. Além do risco à vida dos ocupantes, o prejuízo financeiro pode chegar a dezenas de milhares de reais.
Cobertura
Desde o início dos anos 2000, as seguradoras passaram a incluir na cobertura básica os danos causados por enchentes. Quando o custo de reparo, portanto, for inferior ao valor da franquia, há companhias que oferecem uma cláusula de assistência que cobre higienização do veículo até um valor pré-determinado.
A cobertura mais comum e abrangente é a compreensiva. Nela, o veículo fica segurado em casos de colisão, incêndio, roubo e furto, bem como eventos da natureza. Dentre eles, há inundações provenientes de águas das chuvas, como alagamento, e até fenômenos naturais, como terremotos, por exemplo.
Quando não der para fugir da enchente
Ao se deparar com um alagamento, o melhor é dar meia volta. Se não for possível, só tente atravessar a enchente se a água não ultrapassar a metade da roda. Nesse caso, mantenha a primeira marcha engatada e siga em velocidade baixa para não formar ondas. A aceleração deve ser constante. Durante a travessia, não mude de marcha e procure por um ponto alto o mais rapidamente possível.
Se fizer a troca de marcha, é possível que entre água pelo escapamento. Isso pode causar o chamado calço hidráulico. Caso o câmbio seja automático, mantenha a alavanca na posição 1 ou “L”. Para modelos que têm apenas a posição “D”, deve-se alterná-la manualmente com a “N”, de modo a manter a rotação do motor acima das 2.000 rpm.
Porém, se o motor apagar não tente dar a partida novamente. Se fizer isso, o sistema pode aspirar água. E, se a inundação subir rapidamente, desligue o veículo e procure abrigo. Por fim, jamais circule atrás de caminhões ou veículos maiores em alagamento. Afinal, a passagem desses veículos tende a formar ondas, que podem encobrir carros menores.