Luís Felipe Figueiredo
Liverpool (Inglaterra) – O engenheiro mecânico Roger Crathorne está há 48 anos na Land Rover. Ele tem 64. “Não deixam eu me aposentar”, brinca. Hoje ele é “diretor técnico”, na área de Relações Públicas. Apesar de nunca ter trabalhado na administração da companhia, é apelidado “Sr. Land Rover” pelo conhecimento sobre a marca.
Curiosamente, o hospital em que Crathorne nasceu ficava na mesma rua da antiga fábrica da empresa, em Solihull, sul da Inglaterra. Nesta entrevista, concedida durante o lançamento do Range Rover Evoque, ele fala sobre a Land Rover e o futuro da companhia.
O senhor ajudou a desenvolver o primeiro Range Rover, de 1970. Qual é o seu preferido?
Ah… diria que é o atual, na versão TDV8, com o motor a diesel. Sou entusiasta desse combustível. Pode não ter o mesmo desempenho do a gasolina, mas é muito mais econômico. Você faz uma trilha e sobra dinheiro para o hotel, não precisa ir acampar porque gastou tudo (risos).
Muita tecnologia não tira a graça de fazer trilha?
Não, ela ajuda. Porque o trilheiro clássico vai extrair o melhor dela. E a pessoa sem experiência também será beneficiada.
O senhor criou o Land Rover Experience para demonstrar as qualidades dos carros. Seus clientes usam tudo o que os jipes têm a oferecer?
O importante é que eles sabem que podem usar, se quiserem. Muitos clientes na Inglaterra precisam dos recursos. Usam para ir ao sítio, caçar, passear.
É um nicho bem restrito, não é?
Sim, mas é um exemplo. Vendemos em 170 países. Sempre há alguém que pede mais recursos.
A empresa melhorou após ser vendida pela Ford para a Tata?
Sim, agora se investe mais. Os indianos apoiam todos nossos projetos. Eles entendem e respeitam a importância da marca.
A Land Rover terá carros elétricos ou híbridos?
Teremos o Range Rover Sport híbrido. O carro está em desenvolvimento, ainda não tem data de lançamento. Será do tipo plug-in (pode ser ligado à tomada para recarregar as baterias).
Viagem feita a convite da Land Rover