Carlos Cereijo
Porto Alegre – Com a reformulação promovida na GM, o ex-presidente da empresa no Mercosul, o colombiano Jaime Ardila, assumiu presidência da recém-criada GM América do Sul. Para o seu lugar foi escalada a norte-americana Denise Johnson. É a primeira vez que uma mulher comanda uma montadora no País. Nascida em Michigan, ela é mestre em engenharia mecânica e trabalha há 21 anos na empresa. Antes de assumir o novo posto, Denise foi vice-presidente de relações trabalhistas da GM América do Norte. Também atuou como engenheira-chefe de veículos, no segmento de carros compactos. Nesta entrevista exclusiva ao JC a executiva falou sobre as perspectivas da companhia para o País.
Qual é o principal desafio em assumir a presidência da GM do Brasil neste momento?
O cenário atual é de competição acirrada e novas marcas se instalando no Brasil. Estão chegando chinesas, japonesas, coreanas, todas de olho no tamanho do mercado brasileiro. Portanto, dentro deste contexto, o desafio é manter e ampliar a fatia de participação da GM no mercado.
Como pretende alcançar esse objetivo?
Isso só será possível com o lançamento de produtos. Nossa meta é renovar toda a linha no Brasil em três anos. A GM mantém cinco centros de desenvolvimento de carros espalhados pelo mundo. Um deles está aqui. Este centro é um dos responsáveis por elaborar a próxima picape média da GM (nova Chevrolet S10). Esse é um produto global e está sendo feito também aqui.
Por ser engenheira, que análise você faz da engenharia da GM no Brasil?
A engenharia da empresa no País tem muito potencial. É um departamento forte, mas ainda é um pouco jovem. Acredito que com uma maior experiência e com o desenvolvimento de veículos em parceria com os outros centros da empresa a tendência é melhorar cada vez mais.
Apesar do pouco tempo no País, já teve tempo de conhecer outros lugares que não as fábricas da GM?
Além das cidades de São Caetano (SP) e Gravataí (RS), tive oportunidade de conhecer Campos do Jordão (SP). Gosto da cidade de São Paulo, da sua variedade de restaurantes. Ainda quero e vou conhecer outras partes do Brasil.