03/02/2016 - 8 minutos de leitura.

Estradas e desleixo castigam carro brasileiro

Má pavimentação das rodovias e falta de manutenção do carro provocam o envelhecimento precoce da frota

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Um carro com sete anos de uso no Brasil, na média, está em piores condições de conservação do que um automóvel da mesma idade que rode nos Estados Unidos, Japão ou Alemanha. De acordo com o membro da comissão de motores da Sociedade dos Engenheiros da Mobilidade (SAE) Henrique Pereira, isso ocorre por causa de fatores como manutenção inadequada do veículo, qualidade dos combustíveis e condições das estradas. Enquanto a infraestrutura nos países desenvolvidos é boa, aqui a situação é alarmante.

Na terceira reportagem da série sobre a condição dos automóveis que rodam no País, abordamos a questão da manutenção e as condições de nossas estradas. Pesquisa realizada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT) revela que, da malha rodoviária brasileira, apenas 12,4% são pavimentados. Além disso, mesmo essas estradas têm falhas.

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Em avaliação de competitividade global realizada pelo Fórum Econômico Mundial, a malha viária do Brasil ficou com a 121ª colocação, de 140 países analisados.

O resultado são problemas nas suspensões e pneus, sem contar riscos de acidentes. Mesmo assim, o mecânico Pedro Luiz Scopino (foto abaixo) diz que nem sempre o motorista compreende a necessidade de fazer reparos. “Quando faço orçamento, tenho de dividir o serviços em três categorias: o de prioridade máxima, o que pode esperar mas precisa ser feito e o que é superficial”, diz.


“Carros de oito anos têm pelo menos 80 mil quilômetros rodados”, afirma Pereira. A essa etapa da “vida”, em tese o automóvel já precisou trocar pneus, velas, correias, etc.

Mas poucos se atentam a esses cuidados. “Recebi um Range Rover Evoque na oficina com motor fundido, por causa de borra no óleo”, diz Scopino. Segundo ele, o problema foi causado por falta de troca de óleo dentro do prazo.

Desleixo com relação aos cuidados básicos pode ser motivado por falta de recursos, falta de conhecimento ou pela combinação de ambos: “Noto que, na hora de substituir óleo, as pessoas escolhem pelo preço”, diz Pereira, da SAE.


A frota no Brasil é mais jovem que na maioria dos países desenvolvidos. Estudo da consultoria Jato do Brasil concluiu que a frota nacional tem, em média, 6,9 anos – nos EUA, a média é 11,5 anos e na Alemanha, 9,4. Carros mais novos são mais confiáveis e seguros, além de menos poluentes. Mas, ainda assim, estão sujeitos a quebras.

ABANDONAR O VEÍCULO GERA MULTA DE R$ 16 MIL


Em uma frota circulante de cerca de 39 milhões de carros, apenas 1,8 milhão receberam a chamada “baixa definitiva” (o que significa que deixaram de circular) entre 1990 e 2015, de acordo com dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran).

Os números divulgados pela entidade, no entanto, não transmitem a realidade, pois há muitos proprietários que abandonam seus carros que chegam ao fim da “vida” – um número não contabilizado por nenhum órgão.

Nem os carros abandonados recolhidos pela prefeitura e levados a leilão são contabilizados (de janeiro a novembro de 2015, 1.662 foram recolhidos das ruas da capital).


Abandonar o veículo em local público, aliás, é uma prática proibida na cidade de São Paulo. A multa ao proprietário é de R$ 16 mil. Porém, nem todo motorista sabe o que deve fazer em relação ao carro que não tem mais condições de circular.

O jeito certo de fazer

O proprietário deve providenciar a baixa do registro junto ao Detran local. Para isso, é necessária a quitação de débitos existentes. O veículo também não pode ter alienação, caso seja financiado.


Devem ser entregues ao Detran as partes do chassi que contêm o número de identificação, as placas e o Certificado de Registro de Veículo (CRV), conhecido como documento de compra e venda. Com a certidão nas mãos, o dono deve fazer o descarte do carro, encaminhando-o para empresas indicadas pelo órgão. Só no Estado são 1.142 os estabelecimentos credenciados – conhecidos como “desmontadoras”.

Segundo o secretário executivo do Sindicato das Empresas de Sucata de Ferro e Aço, Elias Bueno, “as partes metálicas são destinadas às usinas siderúrgicas, que realizam o derretimento e transformação da sucata para compor a fabricação de novos produtos.” Considerando todo o Brasil, há cerca de cinco mil “desmontadoras”.


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