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F-Truck x Caminhão de rua: saiba as diferenças
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F-Truck x Caminhão de rua: saiba as diferenças

Segundo o bicampeão e atual vice-líder Felipe Giafffone, seu "bruto" de competição é como se fosse uma versão tunada do Volkswagen Constellation de rua. "A maioria dos componentes originais permanece, só que com muita preparação."

25 de jul, 2010 · 5 minutos de leitura.

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 F-Truck x Caminhão de rua: saiba as diferenças
No Volks de pista, a cabine é inteira rebaixada, não só a suspensão. Por dentro, o volante fica menos plano que no original (Fotos: Divulgação)

No Volks de pista, a cabine é inteira rebaixada, não só a suspensão. Por dentro, o volante fica menos plano que no original (Fotos: Divulgação)

Nícolas Borges

Neste fim de semana, a Fórmula Truck está com seu circo estacionado no Autódromo de Interlagos, na zona sul. Boa oportunidade para saber um pouco mais desses caminhões supermexidos, capazes de superar facilmente os 200 km/h.

Segundo o bicampeão e atual vice-líder Felipe Giafffone, seu “bruto” de competição é como se fosse uma versão tunada do Volkswagen Constellation de rua – rebaixado e envenenado.

“A maioria dos componentes originais permanece, só que com muita preparação”, diz o piloto. Ao conferir as fichas técnicas, o motor logo chama a atenção. Fabricado pela Cummins, trata-se de um bloco de seis cilindros em linha, movido a diesel.

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Contudo, enquanto o propulsor que roda pelas estradas do Brasil tem 8,3 litros e 320 cv na versão Titan Traction 19.320, o da F-Truck é aumentado para 9,2 litros, rendendo 950 cv. Essa força toda faz o caminhão chegar a 240 km/h de velocidade máxima e acelerar de 0 a 100 km/h em 6 s, de acordo com a equipe RM Competições. A VW não informa o tempo da aceleração, mas estima que o caminhão normal atinja 107 km/h.

Para quem for assistir à corrida no autódromo (ingressos a R$ 30, à venda na portaria), vale dizer que há uma limitação de 160 km/h na reta dos boxes, por segurança. “Já na reta oposta, como a área de escape é boa, não existe esse empecilho e a gente consegue atingir a 220 km/h”, afirma Giaffone.

No Constellation 19.320, da VW, o motorista guia numa posição bem alta e há itens como ar-condicionado

No Constellation 19.320, da VW, o motorista guia numa posição bem alta e há itens como ar-condicionado

O experiente piloto, que já correu na Fórmula Indy, comenta que as reações do Constellation de pista são bem mais lentas que as de outros carros de competição, mas isso não o faz um bicho fácil de ser domado. “Uma curva que o caminhão faz a 110 km/h, um Stock Car vai a 150 km/h e um monoposto (como um F-3) consegue 180 km/h, por exemplo”, comenta.


Só no braço
“Mas a velocidade não é tudo. O F-Truck é muito manhoso. Os freios a ar têm uma resposta inicial muito rápida e precisam ser bem dosados, pois travam fácil. Além disso, o turbo demora para entrar. Você acelera e não acontece nada. De repente, vem o torque todo de uma vez.”

Ao contrário de muitos modelos de rua, o caminhão de competição não tem auxílios eletrônicos, como freios ABS e controle de tração. E mesmo com o alívio de peso, ainda há 4 toneladas para controlar. Haja braço!


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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.