
Carlos Ghosn, presidente mundial da Renault Nissan, visita os boxes da Red Bull no GP do Brasil e encontra o chefe da equipe, Christian Horner (Foto: Renault/Divulgação)
O terceiro título de Sebastian Vettel na Fórmula 1, conquistado neste domingo no Autódromo de Interlagos, é o 11º da Renault no campeonato de pilotos. Destes, só dois foram com equipe própria. Os demais a montadora faturou como fornecedora de motores, o que deixou a diretoria da empresa satisfeita com a decisão de vender o time no fim do ano passado.
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A economia é considerável. Na escuderia Renault, o investimento anual era de 300 milhões de euros (cerca de R$ 815 milhões). Agora, para fornecer motores para quatro equipes (Lotus, Williams e Caterham, além da Red Bull), o gasto é de 80 milhões de euros (R$ 215 milhões).

Red Bull e Lotus, duas das equipes cujos carros são equipados com motor Renault (Foto: Andre Penner/AP)
No camarote da empresa em Interlagos, dois de seus principais executivos celebraram a vitória de Vettel como se o título fosse de equipe própria. O presidente do Grupo Renault Nissan, Carlos Ghosn, assistiu tenso às últimas voltas. Com ele estava o presidente da Renault Sport, divisão de automobilismo da marca, Jean-Michel Jalinier – que já dirigiu a filial brasileira da Renault.
No fim da prova, o alívio era aparente. Havia apreensão quanto ao alternador do motor. A peça quebrou diversas vezes durante a temporada, três delas no carro da equipe campeã. Na semana anterior, Mark Webber, companheiro de Vettel, abandonara o Grande Prêmio dos EUA após seu RB8 apresentar esse problema.
Além disso, embora não seja acionista da Red Bull, a relação da Renault com a equipe campeã ficou mais estreita durante o fim de semana. A escuderia anunciou que passará a se chamar Infiniti Red Bull Racing no ano que vem.
A Infiniti é a divisão de luxo da Nissan, que faz parte do grupo da Renault. Desde 2011, o nome da marca aparece nos carros da Red Bull. Agora, passa a ser a principal patrocinador da equipe. Ghosn e Jalinier fizeram questão de visitar o espaço do time, na área dos boxes de Interlagos.
A parceria é tão bem sucedida quanto a com a Williams nos anos 90, que rendeu à Renault cinco títulos. E bem mais que a escuderia que surgiu em 2000 (comprada da Benneton), que ganhou dois campeonatos e foi vendida à Lotus.