A história é conhecida: modelos velhinhos, mas robustos, são comprados por uma ninharia e transformados em carros de trabalho – com a carroceria serrada, nasce uma improvável versão picape. No Brasil, esse foi o destino de muitos Del Rey, Passat e Brasília. Na Inglaterra, quem levou a pior foi uma Ferrari 412 de 1989.
O esportivo, um dos modelos de menor prestígio da marca italiana, foi comprado por £5,000 (cerca de R$ 18,7 mil) e passou seis semanas em cirurgia. O bisturi levou embora parte da capota e criou uma caçamba de madeira inspirada em iates de luxo. Para suportar a nova sina de burro de carga, a Ferrari teve a suspensão traseira recalibrada e o motor 4.9 V12 trocado por um 5.7 V8.
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O dono está satisfeito. “Ficou melhor do que eu esperava. E as pessoas estão adorando também.Precisa olhar o carro duas vezes para perceber que é uma picape.”
Não que seja uma picape qualquer: quantas delas chegam a 100 km/h em menos de cinco segundos? Para dar um tchan a mais, o sistema de escape foi feito sob medida, com direito a uma válvula, comandada pelo motorista, que transforma o ronco malvado do motor em um suave ronronar.