
A Ferrari depositou o pedido de uma patente para um motor V-Twin no dia 1º de outubro na Itália. Ainda é cedo para considerar que a marca pretende criar uma motocicleta, mas o propulsor mencionado no pedido de patente conta com contrabalanceiro, espécie de apêndice colocado no virabrequim para reduzir as vibrações nas motos.
As montadoras têm grandes departamentos de engenheira e, ao longo do ano, dão entrada em inúmeros pedidos de patente, sem necessariamente utilizá-los em curto ou médio prazo. Não são raros os casos em que o equipamento nem chega a entrar em uso. A própria Ferrari apresentou um carro conceito na década de 1980, a Ferrari 408, com tração integral, tecnologia que só foi usar recentemente com a FF.
O presidente do grupo Fiat Chrysler, que controla a Ferrari, Sergio Marchionne, já deixou claro que pretende usar melhor os conhecimentos da marca, como faz com a Maserati, e adquirir uma marca de motos pode ser uma opção. Rumores tem apontado que a Fiat estaria de olho na Piaggio, dona de marcas como Aprilia, embora alguns não descartem a possibilidade de a marca em questão ser a MV Agusta, espécie de Ferrari das motos, que até então estava sob a mira da Mercedes-Benz.
De qualquer forma, a Ferrari também registrou a marca Cavallino e alguns analistas do mercado estão ansiosos para saber se há relação entre os dois registros.
Atualmente, 75% do lucro da marca de Maranello vem da comercialização de merchandising, incluindo a licença do nome, e não da venda de carros. A chegada de uma motocicleta, com mais volume de vendas, pode equilibrar melhor essa equação. Ou não, já que temos exemplos similares no mundo das duas rodas, como a Harley-Davidson.