O 166 Inter foi o primeiro carro de rua da Ferrari. Lançado em 1948, levou o sucesso das pistas para a estrada com a mesma qualidade e esportividade de modelos como o 166 MM Barchetta. Além do Coupe, a Farina criou três exemplares conversíveis e a Bertone, um. O motor era um V12 2.0 de 90 cv e o câmbio tinha cinco marchas

Talvez a mais icônica de todas, a 250 é o carro que teve mais carrocerias criadas. Nesse caso, escolhemos para representar a mais clássica delas, a 250 GT, ainda que a 250 GTO - versão de competição - seja a mais cultuada. O motor para todas as versões era o V12 3.0 que tinha potências entre 240 cv e 300 cv.

O nome desse modelo foi em homenagem ao filho do fundador da marca, Enzo Ferrari. O carro tinha motor menor, era mais barato e se tornou uma boa fonte de renda para a marca no início dos anos 1960. O motor V6 2.0 tinha 180 cv e o câmbio, cinco marchas. Em 1969 houve uma nova versão, a Dino 246 GT, cujo entre-eixos cresceu 6 cm e o motor V6 foi para 2.5, com 195 cv. O câmbio sempre foi de cinco marchas. 

A 365 GTB4, apelidada pelos amantes da marca de Daytona, tinha motor V12 4.4 dianteiro de 352 cv, alimentado por seis carburadores Weber 40. O câmbio era de cinco marchas. Ela foi substituída, em 1971, pela 365 GTC4 e foi o último carro da Ferrari antes da marca ser adquirida pela Fiat

Em 1983 a Ferrari anunciava, durante o Salão de Genebra, na Suíça, a chegada da GTO, cujo prefixo 288 não faz parte do nome oficial, assim como a Daytona. O modelo, que teve 272 unidades produzidas, é tido como o primeiro superesportivo da Ferrari, e precursor da F40. Inicialmente esse carro teria 200 unidades para poder homologar a versão de competição, que disputaria o Grupo B do Rali que acabou extinto naquele ano. Seu motor era um V8 2.9 biturbo (o primeiro da marca) que rendia 400 cv

A 512 Testarossa, ou só Testarossa, como ficou conhecida, foi mostrada em 1984 no Salão de Paris. O modelo, que sucedia a 512 BBi, tinha motor V12 traseiro de 5 litros que entregava 390 cv. O câmbio era manual de cinco marchas e o nome do carro, em português, significa cabeça vermelha, que representa a cor com a qual era pintada a tampa dos cabeçotes dos carros de corrida desse modelo. Apenas um exemplar conversível foi produzido para uso de Gianni Agnelli 

A F40 surgiu de uma versão de pista da 288 GTO, a Evoluzione, que nunca foi à venda, mas serviu para pavimentar a chegada do primeiro carro produzido em série a superar os 320 km/h e o nome faz referência aos 40 anos da marca. Desenhada pelo estúdio Pininfarina, a F40 tinha motor V8 biturbo de 3 litros que entregava 478 cv, e foi o último carro apresentado por Enzo Ferrari antes da sua morte. Ela tinha chassi tubular e interior espartano, tal qual os carros de corrida. As portas não eram abertas por maçanetas, mas sim por cabos, o que reduzia o peso do carro 

Criada em celebração à data que seria do centenário do fundador da marca, a Enzo Ferrari veio em 2002 com 400 exemplares e substituiu a F50 como o supercarro da companhia. Inspirada pela F1, tinha motor V12 6.0 de 660 cv e velocidade máxima de 350 km/h. Diferentemente das antecessoras, não tinha enormes asas para gerar arrasto. O câmbio de seis marchas deixava de ser manual e adotava o sistema de borboletas como na F1 e o interior já não era espartano como nas F40 e F50

Surgia em 2012 um modelo divisor de águas que rompeu com paradigmas da companhia. A FF foi a primeira Ferrari para quatro adultos e com tração integral e não traseira. Era quase um Shooting Brake, peruas derivadas de esportivos. O motor, um V12 6.3 de 660 cv 

O ápice da Ferrari foi com a LaFerrari, apresentada em 2014. Sucessora da F40, F50 e Enzo, é o primeiro modelo com tecnologia híbrida da marca. A associação de um motor V12 6.3 traseiro de 800 cv a um elétrico de 163 cv entrega a potência combinada de 963 cv. O câmbio é automatizado de sete marchas e a máxima de 350 km/h. Com 499 unidades, ela ainda está em produção, mas os exemplares já se esgotaram