A Ferrari está processando um dentista brasileiro por plágio. Vitor Estevan começou a criar uma réplica de uma Ferrari F40 no quintal de sua casa, em Cachoeira Paulista (SP). Quando resolveu vender o modelo ainda inacabado, teve o anúncio encontrado pela Ferrari, que deu início ao processo.
O carro começou a ser construído artesanalmente há cerca de um ano e meio. A F40 paulista pode, no entanto, ser destruída se o inquérito comprovar a cópia e a intenção de lucro sobre a produção. Este parece ser o maior problema relacionado à confecção da réplica. Estevan afirmou que colocou o carro à venda em 2018 após enfrentar dificuldades financeiras decorrentes de um assalto em seu consultório dentário.
O carro não chegou a ser negociado e o consultório foi vendido. No entanto, o anúncio entrou no radar da Ferrari para uso indevido da marca e dos desenhos dos carros. A marca italiana contratou um advogado brasileiro que fez a denúncia por infração à lei de patentes. No processo, consta que o dentista usou propriedade intelectual da Ferrari para criar o carro com fins lucrativos.
A intenção da fabricante é que a réplica ainda inacabada seja destruída. Atualmente, o caso aguarda a conclusão do inquérito, prevista para 12 de fevereiro. Vitor pode responder por cópia de desenho industrial sem autorização. A defesa do dentista alegará que não houve intenção de plágio e que o benefício financeiro ocorreria se houvesse linha de produção.
Ferrari de olho nas cópias
Segundo a defesa da Ferrari, a marca vem monitorando a criação de réplicas ao redor do mundo e acionando as justiças locais. O carro está apreendido no pátio da Polícia Civil de Lorena (SP).
Para construir a F40, Vitor usou chapas de metal e materiais comprados em lojas de artigos para construção. Autodidata, o dentista equipou o carro com mecânica comprada em leilões de veículos avariados. Curiosamente, a F40 parece ter volante do lado direito, na mão inglesa, de acordo com as imagens.
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