A Ferrari precisou apenas mandar as chaves de cada uma das 200 LaFerrari Aperta produzidas para a casa de alguns clientes selecionados para vender todas as unidades sem sequer divulgar o preço. Todos os escolhidos pela marca compraram o conversível sem mesmo ver o carro, e pagaram quase US$ 4 milhões por ele (R$ 12,5 milhões).
É assim que a Ferrari tem vendido suas edições especiais limitadíssimas e lidado com a alta demanda pelos esportivos da marca. O chefe de marketing da Ferrari, Enrico Galliera, confirmou em entrevista ao portal Drive que a marca tem considerado as edições especiais como presentes aos melhores clientes.
Para o executivo, a parte mais difícil é informar a potenciais compradores que eles não poderão ter um determinado modelo da marca. “No começo nós recebíamos pedidos de pessoas que não mereciam ter uma Ferrari, apesar de terem dinheiro”.
Continua depois do anúncioA expansão da marca para outros mercados, como o asiático e particularmente o chinês, tem gerado longas listas de espera. Os compradores chegam a demorar três anos para receberem seus carros. Tanto que modelos “comuns” como as 488 GTB, California T e GTC4 Lusso, pedidos no ano passado, só serão entregues em 2018.
Isso tem incomodado clientes e concessionários, que pressionam a Ferrari por uma solução para a alta demanda. 2016 já foi recorde para a marca, com 8.016 carros fabricados, volume que vai precisar ser aumentado, e muito, se a marca realmente investir num aguardado utilitário esportivo.