
O ano de 2015 mal começou, mas a Fiat já apresentou a linha 2016 do Bravo. Para ganhar fôlego diante de Ford Focus, Chevrolet Cruze e Voikswagen Golf, o hatch médio lançado em 2010 aposta principalmente em atualizações visuais, inspiradas no Bravo Extreme, conceito que a marca italiana exibiu na última edição do Salão do Automóvel.
São novos os para-choques, mais encorpados; as lanternas, com molduras escuras; a grade frontal, que recebeu uma barra cromada com o logotipo da marca ao centro; e as rodas, com desenhos exclusivos para cada uma das quatro versões – Essence (R$ 61.990), Sporting (R$ 67.990), Blackmotion (R$ 68.990) e T-Jet (R$ 78.490).
Já os motores não mudaram. As opções Essence, Sporting e Blackmotion usam o 1.8 16V flexível de até 132 cv com etanol, com câmbio manual de cinco marchas ou automatizado Dualogic, enquanto a esportiva T-Jet tem propulsor 1.4 16V turbo de 152 cv a gasolina, associado a uma transmissão manual de seis marchas.
A cabine bem acabada e confortável continua sendo um trunfo. Os materiais são de boa qualidade já na versão de entrada, Essence (que se consagra como a opção de melhor custo-benefício da gama) e criam um interessante jogo de texturas entre painel, volante e bancos. O ar-condicionado, eficiente, gela bem o habitáculo, com a ajuda das saídas para os passageiros de trás – que agora contam com um apoio central de braços que se desdobra em uma mesinha com porta-copos.
Principal novidade entre os equipamentos de série, a central multimídia Uconnect tem operação descomplicada. O item, que fazia falta em um segmento de modelos bem “recheados”, pode ser acionado pela tela sensível ao toque, por teclas no volante ou por comandos de voz.
Em movimento, a suspensão privilegia o conforto, sem perder a firmeza necessária para fazer bonito em curvas. Esse acerto feliz, associado a um câmbio manual de engates precisos, inspira o motorista a acelerar forte, em busca de diversão.
E é aí que mora o problema: o motor 1.8 16V não tem a esperteza que o Bravo merece. No trânsito urbano, a condução é gostosa, mas na estrada o hatch tem pouco tempero – em acelerações e retomadas, é preciso ir frequentemente às 5 mil rpm para ganhar velocidade. Felizmente, o bom isolamento acústico mantém os demais ocupantes alheios a todo esse esforço.
Nas versões equipadas com câmbio automatizado Dualogic, que soma cerca de R$ 3.300 à tabela, nota-se que a equipe de engenharia da Fiat fez o dever de casa. As trocas estão mais suaves, sem hiatos entre marchas, e as reduções são feitas com rapidez. Se ainda é uma opção inferior às caixas oferecidas pelos concorrentes, pelo menos não faz mais feio com os trancos do passado.
Na esportiva T-Jet, com câmbio manual de seis marchas, o discurso é outro. Subindo o giro, o motor fala grosso e, com o acionamento da tecla Overboost, ganha mais torque, agressividade e ligeireza. Mas os R$ 78.490 esbarram nos R$ 79.200 do Ford Focus 2.0, por exemplo, – que entrega 178 cv, ante 152 cv do Fiat.
O Fiat Bravo 2016 prega para os convertidos. Os fãs da marca italiana vão adorar os retoques no desenho, que não envelheceu e ainda encanta pela harmonia das linhas. Mas as poucas novidades dificilmente serão suficientes para virar a mesa a seu favor e mudar a decisão de quem já estava propenso a adquirir outro modelo.
Fiat Bravo Blackmotion
Fiat Bravo 2015
Fiat Bravo Blackmotion
Fiat Bravo 2015
Fiat Bravo Blackmotion
Fiat Bravo 2015
Fiat Bravo Blackmotion
Fiat Bravo 2015
Fiat Bravo Blackmotion
Fiat Bravo 2015
Fiat Bravo Blackmotion
Fiat Bravo 2015
Fiat Bravo Blackmotion
Fiat Bravo 2015
Fiat Bravo Blackmotion
Fiat Bravo 2015
Fiat Bravo Blackmotion
Fiat Bravo 2015
Fiat Bravo Blackmotion
Fiat Bravo 2015
Fiat Bravo Blackmotion
Fiat Bravo 2015
Fiat Bravo Blackmotion
Fiat Bravo 2015
Fiat Bravo Blackmotion
Fiat Bravo 2015
Fiat Bravo Blackmotion
Fiat Bravo 2015
Fiat Bravo Blackmotion
Fiat Bravo 2015