Neste mês, a Fiat está comemorando 35 anos do início da produção de automóveis no Brasil. Foi em julho de 1976 que a montadora italiana inaugurou a fábrica de Betim (MG), na região metropolitana de Belo Horizonte. O pioneiro a sair da linha de montagem mineira foi o 147, hatch compacto baseado no 127 italiano. O carrinho foi o primeiro nacional com motor transversal, dando mais espaço para a cabine.
Dois anos depois, o pequenino originou a picape City, a primeira derivada de carro de passeio no País. A família ainda seria ampliada ao longo dos anos com o furgão Fiorino, a perua Panorama e o sedã Oggi. Em 1979, o 147 foi o pioneiro no uso do álcool combustível no Brasil.
O sucessor dele, o Uno, foi lançado em 1984, mas ele só virou sucesso depois da chegada da versão Mille, em 1990, com propulsor de 1 litro – versão levemente reduzida do 1.050 do 147.
Ajudado pela redução do IPI nessa categoria de motor, o Uno Mille teve papel importante no rápido crescimento da Fiat na década de 90. De 1996, o Palio também colaborou nesse processo, que fez a marca chegar à liderança do mercado pela primeira vez. Dez anos antes, ela ocupava a quarta posição.
Entre outros Fiat marcantes no mercado nacional estão o sedã Tempra, que estreou o cabeçote de quatro válvulas por cilindro no Brasil, em 1993. Dois anos depois, o seu irmão hatch, o Tipo, chegou a liderar o mercado nacional de automóveis por um mês, mesmo sendo importado da Itália.
A marca também se caracterizou por ter lançado no País a onda dos carros de passeio com estilo off-road. O primeiro membro da família Adventure foi baseado na perua Palio Weekend, em 1999.
Hoje, a fábrica de Betim é uma das três maiores do mundo em produção. Em 2010, saíram de lá 757.418 veículos, sendo que a capacidade é de 800 mil. E até 2014, a unidade será ampliada para fazer até 950 mil unidades.