Os acionistas da Fiat aprovaram ontem os planos de separar a empresa em duas partes: uma industrial e outra só para automóveis. O presidente do grupo, Sergio Marchione, que estará à frente das duas operações, considera crucial essa divisão para que se crie uma companhia global, junto com a Chrysler, sua controlada desde 2009. A chamada Fiat Industrial vai agrupar a montadora de veículos comerciais Iveco, a CNH, de equipamentos agrícolas e para construção, e a produtora de motores industriais e marítimos.
A parte automotiva controlará marcas como Alfa Romeo, Lancia, Ferrari e Maserati, além do Grupo Chrysler (que inclui ainda Dodge, Jeep e Ram). Segundo Marchione, não fazia mais sentido manter as diferentes unidades juntas, porque elas operam em diferentes mercados e seguem diferentes ciclos. De acordo com ele, graças à sociedade com a Chrysler a Fiat já é capaz de funcionar sem o apoio da parte industrial. Até 2014, o novo grupo pretende produzir 6 milhões de veículos por ano, ante as 4 milhões de unidades que fabrica atualmente.
Mais coreanos
Ontem, a Fiat sofreu uma derrota no parlamento europeu, que aprovou um acordo de livre comércio com a Coreia do Sul. A empresa italiana era contra a decisão, pois Hyundai e Kia ganharão em competitividade.