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Flagra mostra o Gol Last Edition, última fornada do hatch popular
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Flagra mostra o Gol Last Edition, última fornada do hatch popular

Volkswagen Gol sairá de linha em dezembro e edição final poderá superar R$ 100 mil; hatch popular manterá motor 1.0 de 84 cv e câmbio manual

Jady Peroni, especial para o Jornal do Carro

01 de nov, 2022 · 6 minutos de leitura.

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Volkswagen Gol Last Edition deve chegar até dezembro nas lojas
Crédito:Reprodução/Reginaldo Martins/ @regiscarbex

Após 42 anos de produção, o Volkswagen Gol está próximo do fim no Brasil. Um dos carros mais vendidos de todos os tempos no País, o hatch compacto vai ganhar uma edição final de despedida, chamada de “Final Edition“. Nesta semana, ela foi flagrada em um caminhão cegonha, na saída da fábrica da VW em São Bernardo do Campo (SP). As fotos, feitas por Reginaldo Martins, mostram diversas unidades a caminho das concessionárias.

Vale dizer que, até o momento, a marca alemã não confirmou o lançamento da versão final do Gol, que fará uma homenagem ao popular. No entanto, espera-se que a fabricante siga a mesma estratégia feita com a Kombi. De acordo com a apuração do jornalista Marlos Ney Vidal, do site Autos Segredos, haverá um limite de 1.000 unidades da edição.

Volkswagen Gol Last Edition
Reprodução/Reginaldo Martins/ @regiscarbex

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Como é?

Nas imagens, é possível ver que o Gol terá apenas uma pintura para a carroceria. E a cor escolhida foi a Vermelho Sunset, a mesma disponível no Nivus e o novo Polo 2023. Além disso, conforme antecipamos no Jornal do Carro, trará diversos elementos estéticos para identificar a série. Por exemplo, terá adesivos com o noma da versão e a inscrição “42 anos”.

Entre outros destaques estão os detalhes escurecidos em diversas áreas. Como é o caso do teto, dos retrovisores, das maçanetas e do espaço da placa, todos pintados de preto. Dessa forma, o Gol Last Edition virá com visual mais esportivo. Nessa linha, tem ainda uma faixa preta que liga as lanternas – e remete aos esportivos Gol GT, GTS e GTi. Ainda na traseira, um aerofólio complementa a estética da edição de despedida.

Reprodução/Reginaldo Martins/ @regiscarbex

Por fim, o Gol Last Edition terá rodas de liga leve de 15 polegadas também pintadas de preto. Além disso, as caixas de rodas trazem molduras pretas. No mais, há adesivos exclusivos. Os flagras não mostram detalhes da dianteira. Mas Reginaldo confirmou que os faróis terão máscaras negras.

E o motor?

Embora reserve algumas novidades, a mecânica não mudará. O popular virá com o motor 1.0 MPI flex de 3-cilindros e 12 válvulas, e o câmbio manual de cinco marchas. Com este conjunto, são 77 cv de potência e 9,6 mkgf de torque máximo com gasolina, e 84 cv e 10,4 mkgf com etanol.



Gol com preço de Polo

Este deverá ser o VW Gol 0-km mais caro da história. Segundo apuração do Autos Segredos, o preço da versão Last Edition pode superar os R$ 100 mil. Isso não é surpreendente, já que, conforme o JC publicou por várias vezes, os aumentos consecutivos fizeram o hatch popular encarecer de forma considerável. Atualmente, o modelo de entrada parte de R$ 77.250, mas, com o pacote Urban opcional e a pintura metálica, chega a R$ 87.230.


VW Gol Last Edition
Projeções do designer Kleber Silva mostram como será o visual do VW Gol Last Edition – Kleber Silva/K Design

Entretanto, para se tornar um carro “colecionável”, o VW Gol Last Edition terá itens próprios. Haverá, por exemplo, volante e manopla do câmbio forrados com couro, bem como revestimentos exclusivos nos bancos e no teto. A edição final também deverá ter vidros e travas com acionamento elétrico, sensores de obstáculos traseiros, ar-condicionado, computador de bordo digital, sensores de obstáculos traseiros e multimídia Composition Touch de 6,5″ com espelhamento (por cabo) com os sistemas Android Auto e Apple CarPlay.

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Oficina Mobilidade

Sistemas de assistência do carro podem apresentar falhas

Autodiagnóstico geralmente ajuda a solucionar um problema, mas condutor precisa estar atento

22 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Os veículos modernos mais caros estão repletos de facilidades para a vida do motorista e, dependendo do nível, podem até ser considerados semiautônomos. Câmeras, sensores, radares e softwares avançados permitem que eles executem uma série de funções sem a intervenção do condutor.

As tecnologias incluem controlador de velocidade que monitora o carro à frente e mantém a velocidade, assistente para deixar o veículo entre as faixas de rolagem, detectores de pontos cegos e até sistemas que estacionam o automóvel, calculando o tamanho da vaga e movimentando volante, freio e acelerador para uma baliza perfeita.

Tais sistemas são chamados de Adas, sigla em inglês de sistemas avançados de assistência ao motorista. São vários níveis de funcionamento presentes em boa parte dos veículos premium disponíveis no mercado. Esses recursos, no entanto, não estão livres de falhas e podem custar caro para o proprietário se o carro estiver fora da garantia.

“Os defeitos mais comuns dos sistemas de assistência ao motorista estão relacionados ao funcionamento dos sensores e às limitações do sistema ao interpretar o ambiente”, explica André Mendes, professor de Engenharia Mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

Recalibragem necessária

O professor explica que o motorista precisa manter sempre os sensores limpos e calibrados. “O software embarcado deve estar atualizado, e a manutenção mecânica e elétrica, ser realizada conforme recomendações do fabricante”, recomenda.

Alguns sistemas conseguem fazer um autodiagnóstico assim que o carro é ligado, ou seja, eventuais avarias são avisadas ao motorista por meio de mensagens no painel. As oficinas especializadas e as concessionárias também podem encontrar falhas ao escanear o veículo. Como esses sistemas são todos interligados, os defeitos serão informados pela central eletrônica.

A recalibragem é necessária sempre que houver a troca de um desses dispositivos, como sensores e radares. Vale também ficar atento ao uso de peças por razões estéticas, como a das rodas originais por outras de aro maior. É prudente levar o carro a uma oficina especializada para fazer a checagem.

Condução atenta

A forma de dirigir também pode piorar o funcionamento dos sensores, causando acidentes. É muito comum, por exemplo, o motorista ligar o piloto automático adaptativo e se distrair ao volante. Caso a frenagem automática não funcione por qualquer motivo, ele precisará agir rapidamente para evitar uma batida ou atropelamento.

Então, é fundamental usar o equipamento com responsabilidade, mantendo sempre os olhos na via, prestando atenção à ação dos outros motoristas. A maioria dos carros possui sensores no volante e desabilita o Adas se “perceber” que o condutor não está segurando a direção.

A desativação ocorre em quase todos os modelos se o assistente de faixa de rolagem precisar agir continuamente, sinal de que o motorista está distraído. Alguns carros, ao “perceber” a ausência do condutor, param no acostamento e acionam o sistema de emergência. “O usuário deve conhecer os limites do sistema e guiar o veículo de forma cautelosa, dentro desses limites”, diz Mendes.