Para aumentar a participação do Focus no segmento de sedãs médios, que é de apenas 5,4%, a Ford deu uma boa repaginada no carro. Mudaram o visual, lista de equipamentos e até o nome. Em vez de Sedan, o carro passa a ter o “sobrenome” Fastback, em uma estratégia para atrair o público mais jovem, aproximando a imagem do três-volumes a esse perfil de consumidor. As vendas começam no mês que vem.

O preço da versão de entrada, SE, é de R$ 77.900. Trata-se do mesmo valor da S, que até então era a básica e, na linha 2016, deixou de existir. Porém, há mais itens de série, como controle de estabilidade com função AdvanceTrac. O sistema executa cálculos a partir de velocidades e esterçamento do volante para fazer interferências antes que ocorram derrapagens. Outras novidades são as rodas de liga leve de 17” e o sistema de som com tela de 4,2”.

Por R$ 2 mil a mais, o pacote Plus acrescenta air bags laterais, ar-condicionado digital com duas zonas de temperatura, controlador de velocidade de cruzeiro e bancos de couro. Já a Titanium, a R$ 87.900, traz a mais air bag do tipo cortina, sistema multimídia com tela de 8” e navegador GPS e chave com sensor de presença.

A opção de topo é a Titanium Plus, que sai a R$ 96.900 e traz as principais atrações da nova linha. Entre elas, há a assistência ao estacionamento que, além de fazer balizas, é capaz também de ajudar a colocar o carro em vagas a 90º. Avaliada, a tecnologia se mostrou bastante precisa, indicando o momento exato em que o motorista deve acelerar e frear – suas únicas funções. Além disso, é eficiente ao detectar as vagas compatíveis com o tamanho do carro.

Outro destaque é o assistente de frenagem autônomo. Ele é capaz de acionar os freios do veículo e pará-lo automaticamente se “perceber” iminência de colisão. Para isso, o Focus deve estar rodando a, no máximo, 20 km/h. Assim, é um recurso que ajuda a evitar acidentes em situações como trânsito carregado, mas tem pouca utilidade com fluxo normal e nenhuma em rodovias. O Titanium Plus vem ainda com teto solar e banco do motorista elétrico.

Rodando, o sedã se sai bem. Com 178 cv, o 2.0 flexível, com injeção direta de combustível, só perde para o Jetta TSI (211 cv) no segmento. O câmbio automatizado de duas embreagens e seis marchas não é tão ágil e desprovido de trancos quanto o do VW, que utiliza o mesmo sistema. Porém, se mostra mais rápido que os CVT de Toyota Corolla e Nissan Sentra. O espaço para os passageiros de trás e o porta-malas deixam a desejar.

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