A Ford anunciou o fechamento de um acordo com o Sindicado dos Metarlúgicos do ABC e com os funcionários da fábrica de São Bernardo do Campo (SP). O acordo é causado pelo anúncio da Ford do fechamento da fábrica de caminhões no ABC.
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Segundo o comunicado, o acordo contempla um Plano de Demissão Incentivada (PDI), uma espécie de indenização, já que a fábrica será fechada, apoio psicológico e programa de requalificação profissional com cursos realizados em parceria com o sindicato.
Há ainda a possibilidade de antecipar o encerramento das atividades da linha de produção. Isso está condicionado a uma negociação com um potencial comprador do complexo onde fica a fábrica da Ford. O Grupo CAOA confirmou que negocia a compra da fábrica, mas não entra em detalhes sobre o negócio.
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"A compensação financeira oferecida pela Ford será definida com base na combinação de condições empregatícias (mensalistas e horistas), tempo de trabalho e eventual contratação do funcionário por um potencial comprador da unidade de São Bernardo do Campo.", dizia o comunicado.
Além do fim da produção de caminhões, a fábrica da Ford deixou de fazer também o Fiesta, que saía da planta em São Bernardo do Campo. Isso faz parte da estratégia de focar esforços em produtos que sejam mais rentáveis, como os SUVs e picapes. Por isso a marca do oval azul também encerrou a produção do Focus, em Pacheco, na Argentina.
USADOS POR ATÉ R$ 100 MIL
Acordo com o Grupo CAOA
O grupo capitaneado por Carlos Alberto de Oliveira Andrade já teria um acordo com a Ford não apenas pelo complexo, mas para continuar a produzir os caminhões sob licença da marca americana. O grupo Caoa tem laços fortes com a Ford, já que é concessionário de carros da marca.
A confirmar a negociação, o grupo se torna proprietário de três fábricas no País: além da do ABC, já tem as plantas de Anápolis (GO), que produz produtos da Hyundai, como o Tucson e o ix35, da Caoa Chery, como os Tiggo 5x e Tiggo 7. E a de Jacareí, que pertencia originalmente à Chery, e produz o compacto QQ, Tiggo 2 e Arrizo.