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Ford explica decisão de tirar sedãs de linha nos EUA
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Ford explica decisão de tirar sedãs de linha nos EUA

Aceleração do declínio do segmento de sedãs é o principal motivo para fim da linha de sedãs da Ford

Redação

12 de out, 2020 · 3 minutos de leitura.

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Ford
Além de logotipos, faltam também emblemas com nomenclaturas dos carros
Crédito:Ford/PIXABAY

A Ford deu fim a sua linha de sedãs em todo o mundo no último ano. A empresa mudou o foco para crossovers, SUVs e picapes, basicamente. Em entrevista ao Ford Authority, o vice-presidente da Ford América do Norte, Kumar Galhotra, explicou a decisão em detalhes.

“Embora muitos ainda amem sedãs e não gostem de crossovers e SUVs, está claro que a maioria dos americanos não se sente assim. Assim, enquanto outras marcas, como a GM, continuam a trabalhar em direção a uma linha sem sedãs, a Ford se antecipou”, afirmou Galhotra.



O executivo acrescentou que o segmento de sedãs já vinha em declínio por um longo tempo e que nos últimos anos a queda foi acentuada. “Nossa indústria é muito intensa em recursos. Nós precisamos criar um produto particular e uma fábrica para produzi-lo, e todo ferramental e nossos fornecedores. Tudo isso pode custar bilhões de dólares. A questão, então, se tornou, naquele ambiente, de uma quantia de capital finito, onde queremos investi-lo? Em um segmento em declínio ou outro em crescimento?”, completou.

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Galhotra afirmou que a Ford escolheu o segundo caminho redirecionando seus investimentos para novos produtos. Entre eles estão o retorno do Bronco, o Mach-E, Bronco Sport e outros produtos que ainda serão lançados; mas estão dentro do que o público quer e que irão sobrepujar a perda de sedãs.

Ao redor do mundo há poucos sedãs sendo produzidos pela Ford ainda e são para mercados específicos. Esse é o caso do Ka Sedan no Brasil e do Fusion que ainda é produzido na China, onde há uma demanda por três volumes, por incrível que pareça, apesar do crescimento dos SUVs também.


A empresa prepara ainda, dentro da nova estratégia, a chegada de uma picape intermediária, que vai brigar com a Fiat Toro no Brasil. A expectativa é que ela traga de volta ao mercado o nome Maverick, famoso aqui e nos EUA. Ela deve ser produzida sobre a mesma plataforma do Bronco Sport.

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Sistemas de assistência do carro podem apresentar falhas

Autodiagnóstico geralmente ajuda a solucionar um problema, mas condutor precisa estar atento

22 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Os veículos modernos mais caros estão repletos de facilidades para a vida do motorista e, dependendo do nível, podem até ser considerados semiautônomos. Câmeras, sensores, radares e softwares avançados permitem que eles executem uma série de funções sem a intervenção do condutor.

As tecnologias incluem controlador de velocidade que monitora o carro à frente e mantém a velocidade, assistente para deixar o veículo entre as faixas de rolagem, detectores de pontos cegos e até sistemas que estacionam o automóvel, calculando o tamanho da vaga e movimentando volante, freio e acelerador para uma baliza perfeita.

Tais sistemas são chamados de Adas, sigla em inglês de sistemas avançados de assistência ao motorista. São vários níveis de funcionamento presentes em boa parte dos veículos premium disponíveis no mercado. Esses recursos, no entanto, não estão livres de falhas e podem custar caro para o proprietário se o carro estiver fora da garantia.

“Os defeitos mais comuns dos sistemas de assistência ao motorista estão relacionados ao funcionamento dos sensores e às limitações do sistema ao interpretar o ambiente”, explica André Mendes, professor de Engenharia Mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

Recalibragem necessária

O professor explica que o motorista precisa manter sempre os sensores limpos e calibrados. “O software embarcado deve estar atualizado, e a manutenção mecânica e elétrica, ser realizada conforme recomendações do fabricante”, recomenda.

Alguns sistemas conseguem fazer um autodiagnóstico assim que o carro é ligado, ou seja, eventuais avarias são avisadas ao motorista por meio de mensagens no painel. As oficinas especializadas e as concessionárias também podem encontrar falhas ao escanear o veículo. Como esses sistemas são todos interligados, os defeitos serão informados pela central eletrônica.

A recalibragem é necessária sempre que houver a troca de um desses dispositivos, como sensores e radares. Vale também ficar atento ao uso de peças por razões estéticas, como a das rodas originais por outras de aro maior. É prudente levar o carro a uma oficina especializada para fazer a checagem.

Condução atenta

A forma de dirigir também pode piorar o funcionamento dos sensores, causando acidentes. É muito comum, por exemplo, o motorista ligar o piloto automático adaptativo e se distrair ao volante. Caso a frenagem automática não funcione por qualquer motivo, ele precisará agir rapidamente para evitar uma batida ou atropelamento.

Então, é fundamental usar o equipamento com responsabilidade, mantendo sempre os olhos na via, prestando atenção à ação dos outros motoristas. A maioria dos carros possui sensores no volante e desabilita o Adas se “perceber” que o condutor não está segurando a direção.

A desativação ocorre em quase todos os modelos se o assistente de faixa de rolagem precisar agir continuamente, sinal de que o motorista está distraído. Alguns carros, ao “perceber” a ausência do condutor, param no acostamento e acionam o sistema de emergência. “O usuário deve conhecer os limites do sistema e guiar o veículo de forma cautelosa, dentro desses limites”, diz Mendes.