Nos Estados Unidos, as montadoras Ford e General Motors darão US$ 1 milhão e uma frota de veículos para a posse do presidente eleito Donald Trump em janeiro. As contribuições ressaltam a importância das políticas da nova administração para as montadoras de Detroit, por exemplo. A preocupação acerca das futuras medidas exige cautela por parte das empresas sobre seus planos.
Dentre as medidas, estão a imposição de tarifas sobre importações do México e Canadá e o potencial fim do crédito fiscal federal para veículos elétricos, que podem impactar fortemente a Ford e a GM. Assim, ambas as empresas estão trabalhando para aumentar suas ofertas de veículos elétricos. Contudo, ainda precisam atingir a lucratividade no segmento.
No lado da Ford, o CEO Jim Farley demonstrou otimismo sobre a disposição do governo de se envolver com as montadoras dos EUA. No início deste mês, Farley enfatizou o papel da empresa no emprego doméstico e na manufatura. Assim sugerindo que a administração pode valorizar a perspectiva da Ford sobre decisões políticas.
Já na General Motors, a CEO da GM, Mary Barra, observou que suas conversas com Trump mostraram que o futuro presidente está atento às preocupações dos fabricantes. Além disso, ambos os executivos reiteraram seus objetivos compartilhados de reforçar a manufatura dos EUA e criar empregos, por exemplo.
Montadoras seguem alertas às mudanças impostas por Trump
Contudo, nem tudo são flores. Se Trump impusesse as tarifas de 25% ao México e ao Canadá que ele propôs, montadoras como Ford e GM teriam que lidar com custos de produção muito mais altos. Até mesmo veículos fabricados nos Estados Unidos provavelmente veriam aumentos de preços, já que muitas peças ainda são originárias de fora dos EUA.
Seja como for, não são apenas a Ford e a GM que doarão para a posse do novo presidente. Empresas como Amazon e Meta Platforms também fizeram doações para o evento, que deve custar mais de US$ 100 milhões. Além disso, um porta-voz da GM observou que as doações de veículos da empresa não são incomuns em celebrações de posse governamental, já que a montadora também contribuiu com veículos para inaugurações anteriores.
Por fim, o movimento das montadoras é calculado. Com as ideias expressas pelo novo mandatário do país, marcas como GM e Ford precisam estar alinhadas ao governo, assim podem realinhar seus objetivos ou sofrer menos com novas tarifas, tendo trânsito livre entre a liderança e a empresa.
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