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Ford EcoSport muda para se manter atraente
Avaliação

Ford EcoSport muda para se manter atraente

Modelo renovado chega em agosto com novos motores, mais tecnologia e câmbio automático convencional

Rafaela Borges

25 de jun, 2017 · 6 minutos de leitura.

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Foto: Ford
Crédito:

O carro que reinventou o segmento de utilitários-esportivos está renovado para a luta. Em agosto, chegará a linha 2018 do EcoSport, modelo compacto que há 14 anos deu início a uma febre que não dá sinais de que vai passar e reúne opções que se transformaram em objeto de desejo da maioria dos consumidores.

O Ford ficou mais competitivo diante de rivais como Honda HR-V, Jeep Renegade, Hyundai Creta, etc. Os preços não foram revelados, mas uma fonte diz que a versão FreeStyle (com novo motor 1.5) completa, que deverá ser a mais vendida, terá preço próximo ao das opções de entrada da concorrência.

Além da reestilização, o que fortalece o EcoSport são as mudanças internas e mecânicas. As opções de entrada trazem o quatro-cilindros de 1,5 litro e até 137 cv no lugar do 1.6. Mais importante que isso é o fato de o “jipinho” ser o primeiro Ford a aposentar o câmbio automatizado Powershift, a “caixa de problemas” insolúveis que vem assombrando os donos de carros da marca, como Fiesta e Focus.

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Na versão avaliada, com o veterano motor 2.0 e acabamento de topo, Titanium, a “nova” transmissão é a mesma do Fusion. Trata-se de um rápido e eficiente câmbio automático de seis marchas, que casou bem com o conhecido motor de até 176 cv (com etanol). Embora não tenha turbo, esse quatro-cilindros traz injeção direta e tonou o EcoSport o carro mais potente e rápido da categoria.

O Ford não anda tão bem quanto o Tracker, que traz um 1.4 turbo de 154 cv. Porém, enquanto o motor do Chevrolet entrega mais agilidade em baixas rotações, o do novato fica melhor a partir das 2.500 rpm (mesmo abaixo dessa rotação o 2 litros garante certa agilidade, como em ultrapassagens).

A direção com assistência elétrica continua tendo respostas bem diretas e a suspensão é equilibrada: oferece a firmeza necessária para evitar excesso de balanço da carroceria sem comprometer o conforto. A dirigibilidade, aliás, sempre foi um dos pontos altos do Ford.


A suspensão também recebeu alterações. Segundo informações da Ford, no eixo dianteiro o curso está maior. Além disso as buchas foram recalibradas, tudo para melhorar o conforto. Na traseira, o eixo está 15% mais rígido.

A outra inovação é na central multimídia. O EcoSport ganhou o sistema Sync3, já disponível no Focus. Tem tela de oito polegadas “flutuante” (não embutida no painel). Embora seja sensível ao toque, há alguns botões físicos sob o monitor, o que acaba deixando sua aparência um tanto estranha.
Na prática, o sistema é eficiente e fácil de usar. Além de conexão Bluetooth, inclui navegador GPS e aplicativos pré-instalados. O Sync3 também pode espelhar smartphones por meio dos sistemas CarPlay (Apple) e Android Auto (Google).

Na linha 2018 o acabamento evoluiu bastante. Além de mais bonita, a cabine ganhou materiais de melhor qualidade no acabamento. Há bastante plástico emborrachado e detalhes de couro na versão de topo.
De série, o EcoSport 2.0 Titanium traz teto solar, bancos e volante de couro, freio de estacionamento elétrico, partida sem chave, ar-condicionado digital, sete air bags, etc.


O senão continua sendo o porta-malas. Na linha 2018, o Ford ganhou assoalho do tipo prateleira (como o do Volkswagen Up!), que cria um “nicho secreto” no qual dá para guardar itens pequenos ou formar uma base plana quando os bancos de trás forem rebatidos. Isso melhorou a versatilidade, mas não a capacidade do porta-malas.

Além disso, a Ford manteve o polêmico estepe posicionado na tampa traseira, solução que desagrada muitos clientes.

Ficha técnica
Motor: 2.0, 4 cil., 16V, flexível
Potência: 176 cv a 6.500 rpm
Torque: 22,5 mkg a 4.500 rpm
Câmbio: Automático, 6 marchas
Porta-malas: 362 litros


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