Tem pouco mais de um mês que a Ford encerrou a produção do Fusion na planta mexicana de Hermosillo. Isso faz parte da estratégia da marca em focar nas vendas de SUVs e picapes, cuja rentabilidade é maior. Afinal, os utilitários vêm caindo nas graças do consumidor em todo o mundo. Mas o três-volumes ainda resiste em alguns mercados e, inclusive, ganhou novidades na China.
Pois é, o maior mercado de sedãs no mundo não poderia deixar o sedã da Ford de lado. Renovado no país asiático, o Fusion (que atende pelo nome de Mondeo, como na Europa) ganhou mais recheio. O foco é a tecnologia.
O principal destaque é a tela de 12,8 – posicionada na vertical – que leva o moderno sistema Ford SYNC4 do Mustang Mach-E, entretanto, chamada de SYNC+. Dentre seus méritos, tem até atualizações wireless e processador automotivo NXP i.MX 8 multi-core. Utiliza tecnologia de inteligência artificial da Baidu.
Já na oferta de motores, o sedã não surpreende. Enquanto, no Brasil, o Fusion contava com três versões de motorização (quatro cilindros e híbrida) até sua aposentadoria, no comecinho de agosto, o chinês se divide entre duas opções de trem de força. Mas não passam de 200 cv. Ambos são turbo e só bebem gasolina. A transmissão é sempre automática com seis marchas.
Fusion em valores
Por lá, o sedã é oferecido em quatro diferentes versões de acabamento. Preços partem de 192.800 renminbi (pouco mais de R$ 149 mil em conversão direta, sem impostos). Já na Europa, o Mondeo custa, por baixo, 28.190 euros (R$ 176 mil) e tem diferentes tipos de carroceria.
No Brasil, a tabela de preços partia de aproximadamente R$ 150 mil na versão de entrada SEL. Porém, agora, o consumidor local que desejar um sedã da Ford tem que se contentar com o compacto Ka Sedan – parte de R$ 55.390. Afinal, as variantes três-volumes de Fiesta e Focus não existem há um tempo. Tudo isso, por não conseguirem enfrentar o forte apelo dos utilitários esportivos, que também reúnem atributos como vasto espaço para bagagem e até motorização híbrida, em alguns casos.