O Focus evoluiu. O médio da Ford, atual campeão de vendas do segmento, passou por uma leve reestilização que deu ares mais maduros ao modelo. Por enquanto vista apenas no hatch, as mudanças incluem uma nova frente, muito semelhante à do fiesta, além de um interior renovado. A palavra de ordem na Ford é simplificar, algo que perceptível no modelo renovado, que parte de R$ 69.900. O modelo chega às concessionárias em agosto.
A gama também passou por uma reestruturação. Agora a versão de entrada é a SE 1.6, antiga intermediária, que ganhou equipamentos como controles de tração e estabilidade de série, além de rodas de liga leve de 17 polegadas e sistema de entretenimento pelo mesmo preço da S que sai de cena. A SE Plus 1.6 adiciona airbags laterais, bancos de couro e controlador de velocidade de cruzeiro por R$ 71.900.
Outra versão que deixa de ser oferecida é a SE com motor 1.6 e câmbio automatizado Powershift. No lugar dela, a Ford oferece a SE 2.0 automatizada, pelos mesmos R$ 78.900 cobrados pela antecessora. O pacote de equipamentos é o mesmo da SE Plus manual.
Mas foi na topo de linha Titanium, de R$ 86.900, que a Ford investiu mais. O modelo tem itens importantes como sistema multimídia com tela sensível ao toque de 8 polegadas e GPS, chave presencial e incorporou outros inéditos no segmento, como detector de colisão iminente, capaz de evitar uma batida a velocidades de até 20 km/h. Até os 50 km/h, a Ford garante minimizar bastante os danos. Esse equipamento é de série no Titanium Plus, de R$ 95.900. Além do sistema de segurança, a versão de topo ainda inclui teto solar, faróis de xenônio adaptativos, banco do motorista com ajustes elétricos e sistema de estacionamento automático, que também ganhou novidades, podendo também estacionar em vagas perpendiculares.
Os motores continuam os mesmos. O 1.6 de 135 cv flexível das versões de entrada é sempre ligado a um câmbio manual de cinco marchas. A Ford deixa de oferecer a transmissão automatizada de dupla embreagem e seis marchas. O câmbio Powershift agora é restrito ao motor 2.0, de 178 cv, com injeção direta. O 2.0 também é flexivel.
Os modelos estão ligeiramente mais econômicos, mas a redução do consumo foi graças à melhor aerodinâmica da nova dianteira, além de mudanças em periféricos como o compressor do ar-condicionado, mais eficiente.
Ao volante quase nada muda. O Focus continua um modelo muito bem acertado, com excelente comportamento dinâmico. O 2.0 tem boas respostas, principalmente em altas rotações, e entrega muita suavidade no funcionamento. O senão é o câmbio de dupla embreagem. As trocas são um tanto lentas, mesmo quando comandadas manualmente. A lentidão é perceptível, principalmente se comparado com seu maior concorrente, o Volkswagen Golf, cuja transmissão é bem mais disposta. Ao menos as trocas manuais podem ser feitas do volante, com borboletas, ante os pouco ergonômicos botões na alavanca do modelo anterior.
A suspensão recebeu alguns ajustes, para mais estabilidade. As mudanças são pouco perceptíveis, mas nota-se que o carro está mais firme. A absorção de irregularidades é boa, mas o conjunto é um tanto ruidoso. O Focus, no entanto, brilha em velocidades mais elevadas, quando passa muita segurança ao motorista em retas e curvas. Há uma nova calibração da direção elétrica, que agora tem respostas mais rápidas, sendo também bastante leve em velocidades baixas.
Preço: a partir de R$ 69.900
Motor. 1.6, 4 cil.,16V, flexível
Potência: 135 cv a 6.500 rpm
Torque: 16,7 mkgf a 5.250 rpm
Câmbio: 5 marchas, manual
Porta-malas: 316 litros