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Ford pagará indenização de R$ 216 milhões ao Rio Grande do Sul
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Ford pagará indenização de R$ 216 milhões ao Rio Grande do Sul

Valor equivale à venda de quase 5 mil exemplares do hatch compacto Ford Ka, que custa cerca de R$ 43 mil

01 de dez, 2016 · 3 minutos de leitura.

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 Ford pagará indenização de R$ 216 milhões ao Rio Grande do Sul
A discussão envolve uma fábrica que a montadora construiria na cidade de Guaíba

A Ford do Brasil assinou um acordo para pagar R$ 216 milhões ao Estado do Rio Grande do Sul, encerrando uma disputa judicial que se iniciou em 2000 – há 16 anos, portanto. A discussão envolve uma fábrica que a montadora construiria na cidade de Guaíba, naquele Estado, mas que acabou sendo erguida em Camaçari, na Bahia, onde atualmente são produzidos o EcoSport, Ka e Ka+.

O valor que a Ford pagará equivale à venda de quase 5 mil exemplares do Ka – o compacto custa R$ 43.290 na versão mais barata, de acordo com o preço indicado no site da montadora.

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Tudo começou em 1998, quando a Ford anunciou a fábrica e recebeu incentivos do governo estadual. Mas naquele ano ocorreram eleições e no seguinte o novo governador quis renegociar os termos, algo que a Ford não aceitou. O governo da Bahia entrou na conversa e acabou ficando com a fábrica, e o Rio Grande do Sul recorreu à justiça para receber de volta os valores investidos, inclusive na preparação do terreno que receberia a unidade.

Segundo a Procuradoria-Geral do Estado do Rio Grande do Sul, em março de 2015 o Tribunal de Justiça do Estado julgou procedente, em parte, a ação, condenando a montadora a pagar indenização. Foram interpostos recursos ao Superior Tribunal de Justiça e então o Estado e a Ford iniciaram negociações diretamente, resultando neste acordo que agora encerra o processo.


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Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Sistemas de assistência do carro podem apresentar falhas

Autodiagnóstico geralmente ajuda a solucionar um problema, mas condutor precisa estar atento

22 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Os veículos modernos mais caros estão repletos de facilidades para a vida do motorista e, dependendo do nível, podem até ser considerados semiautônomos. Câmeras, sensores, radares e softwares avançados permitem que eles executem uma série de funções sem a intervenção do condutor.

As tecnologias incluem controlador de velocidade que monitora o carro à frente e mantém a velocidade, assistente para deixar o veículo entre as faixas de rolagem, detectores de pontos cegos e até sistemas que estacionam o automóvel, calculando o tamanho da vaga e movimentando volante, freio e acelerador para uma baliza perfeita.

Tais sistemas são chamados de Adas, sigla em inglês de sistemas avançados de assistência ao motorista. São vários níveis de funcionamento presentes em boa parte dos veículos premium disponíveis no mercado. Esses recursos, no entanto, não estão livres de falhas e podem custar caro para o proprietário se o carro estiver fora da garantia.

“Os defeitos mais comuns dos sistemas de assistência ao motorista estão relacionados ao funcionamento dos sensores e às limitações do sistema ao interpretar o ambiente”, explica André Mendes, professor de Engenharia Mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

Recalibragem necessária

O professor explica que o motorista precisa manter sempre os sensores limpos e calibrados. “O software embarcado deve estar atualizado, e a manutenção mecânica e elétrica, ser realizada conforme recomendações do fabricante”, recomenda.

Alguns sistemas conseguem fazer um autodiagnóstico assim que o carro é ligado, ou seja, eventuais avarias são avisadas ao motorista por meio de mensagens no painel. As oficinas especializadas e as concessionárias também podem encontrar falhas ao escanear o veículo. Como esses sistemas são todos interligados, os defeitos serão informados pela central eletrônica.

A recalibragem é necessária sempre que houver a troca de um desses dispositivos, como sensores e radares. Vale também ficar atento ao uso de peças por razões estéticas, como a das rodas originais por outras de aro maior. É prudente levar o carro a uma oficina especializada para fazer a checagem.

Condução atenta

A forma de dirigir também pode piorar o funcionamento dos sensores, causando acidentes. É muito comum, por exemplo, o motorista ligar o piloto automático adaptativo e se distrair ao volante. Caso a frenagem automática não funcione por qualquer motivo, ele precisará agir rapidamente para evitar uma batida ou atropelamento.

Então, é fundamental usar o equipamento com responsabilidade, mantendo sempre os olhos na via, prestando atenção à ação dos outros motoristas. A maioria dos carros possui sensores no volante e desabilita o Adas se “perceber” que o condutor não está segurando a direção.

A desativação ocorre em quase todos os modelos se o assistente de faixa de rolagem precisar agir continuamente, sinal de que o motorista está distraído. Alguns carros, ao “perceber” a ausência do condutor, param no acostamento e acionam o sistema de emergência. “O usuário deve conhecer os limites do sistema e guiar o veículo de forma cautelosa, dentro desses limites”, diz Mendes.