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Ford Transit deverá voltar ao Brasil
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Ford Transit deverá voltar ao Brasil

A van Ford Transit será produzida no Uruguai a partir do ano que vem, de onde deverá ser distribuída para os países do Mercosul

Redação

30 de set, 2020 · 5 minutos de leitura.

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ford transit
Linha da Ford Transit tem vários tipos de carroceria, e também oferece opção de propulsão híbrida leve
Crédito:Ford/Divulgação

A Ford Transit deverá voltar a ser oferecida no Brasil a partir do ano que vem. A van, que foi vendida no País entre 2008 e 2014, importada da Turquia, será produzida no Uruguai nas versões furgão e de passageiro. De acordo com o site argentino Autoblog, o modelo será montado em regime de CKD nas instalações da Nordex, do empresário argentino Manuel Antelo. Nos anos 90, a Nordex produziu também o Renault Twingo de primeira geração.

O site se baseia em informações do jornal argentino Ámbito Financiero. A expectativa da empresa é iniciar os preparativos da linha de montagem ainda este ano, para lançar a Transit em maio do ano que vem. Segundo as informações, o objetivo é produzir entre 5 mil e 8 mil unidades do modelo, para venda na região do Mercosul.

Ainda não há detalhes sobre as especificações dos modelos a serem produzidos no país vizinho. Mas a Transit tem uma ampla gama de opções, tanto de tamanho como motorização. Procurada, a Ford não se pronunciou sobre o assunto.

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A Transit vendida no Brasil era equipada com motor 2.4 a diesel Duratorq, de 115 cv e 31,5 mkgf de torque. O câmbio era manual de seis marchas, e o modelo estava especificado para 1.400 kg e 14 pessoas.

Ford Transit tem até sistema híbrido leve

Atualmente, na Europa o modelo é oferecido em quatro versões: Connect, Courier, Custom e Van. A ampla gama e a variação de tamanho fazem com que ela consiga concorrer com diversos modelos. As versões de carroceria mais curta disputam mercado com Peugeot Expert e Citroën Jumpy, por exemplo. A propósito, as duas são produzidas na mesma fábrica uruguaia. Já modelos maiores, como a Transit Van, concorrem na categoria da Mercedes Sprinter.

O modelo atual tem capacidade para até duas toneladas. E o motor 2.0 turbodiesel é oferecido em diversas opções de potência, que vão de 105 a 185 cv. O torque pode chegar a 42 mkgf.




Entre as inovações da Transit no mercado europeu está o câmbio automático de dez marchas. A nova transmissão estreou este ano. A van também é oferecida no continente europeu com sistema híbrido leve. Nele, o motor a diesel é auxiliado por um circuito elétrico de 48 volts. Em vez de alternador, o modelo recebe uma correia de transmissão, que recupera energia gerada em desacelerações e a acumula em uma bateria de íons de lítio.

A energia é utilizada para elevar o torque. Além disso, em determinadas condições o sistema elétrico move o veículo, o que se reflete em economia de combustível. A redução no consumo pode chegar a 8% em uso urbano, informa a Ford.

Fabricação uruguaia

A fábrica da Nordex localiza-se em Montevidéu e produz veículos de diversas marcas em regime de CKD. Além do Peugeot Expert e do Citroën Jumpy, a empresa monta também o caminhão Kia Bongo. Da mesma planta sairá ainda a picape Peugeot LandtrekA previsão é que o modelo seja lançado no ano que vem.


A picape será produzida com cabine dupla e simples. Serão duas opções de motor: 2.4 turbo de 210 cv e 32,6 mkgf a gasolina  e 1.9 turbodiesel de 150 cv e 35,7 mkgf. O primeiro pode vir associado ao câmbio manual ou automático de seis marchas, enquanto o motor diesel apenas com o câmbio manual.

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Sistemas de assistência do carro podem apresentar falhas

Autodiagnóstico geralmente ajuda a solucionar um problema, mas condutor precisa estar atento

22 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Os veículos modernos mais caros estão repletos de facilidades para a vida do motorista e, dependendo do nível, podem até ser considerados semiautônomos. Câmeras, sensores, radares e softwares avançados permitem que eles executem uma série de funções sem a intervenção do condutor.

As tecnologias incluem controlador de velocidade que monitora o carro à frente e mantém a velocidade, assistente para deixar o veículo entre as faixas de rolagem, detectores de pontos cegos e até sistemas que estacionam o automóvel, calculando o tamanho da vaga e movimentando volante, freio e acelerador para uma baliza perfeita.

Tais sistemas são chamados de Adas, sigla em inglês de sistemas avançados de assistência ao motorista. São vários níveis de funcionamento presentes em boa parte dos veículos premium disponíveis no mercado. Esses recursos, no entanto, não estão livres de falhas e podem custar caro para o proprietário se o carro estiver fora da garantia.

“Os defeitos mais comuns dos sistemas de assistência ao motorista estão relacionados ao funcionamento dos sensores e às limitações do sistema ao interpretar o ambiente”, explica André Mendes, professor de Engenharia Mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

Recalibragem necessária

O professor explica que o motorista precisa manter sempre os sensores limpos e calibrados. “O software embarcado deve estar atualizado, e a manutenção mecânica e elétrica, ser realizada conforme recomendações do fabricante”, recomenda.

Alguns sistemas conseguem fazer um autodiagnóstico assim que o carro é ligado, ou seja, eventuais avarias são avisadas ao motorista por meio de mensagens no painel. As oficinas especializadas e as concessionárias também podem encontrar falhas ao escanear o veículo. Como esses sistemas são todos interligados, os defeitos serão informados pela central eletrônica.

A recalibragem é necessária sempre que houver a troca de um desses dispositivos, como sensores e radares. Vale também ficar atento ao uso de peças por razões estéticas, como a das rodas originais por outras de aro maior. É prudente levar o carro a uma oficina especializada para fazer a checagem.

Condução atenta

A forma de dirigir também pode piorar o funcionamento dos sensores, causando acidentes. É muito comum, por exemplo, o motorista ligar o piloto automático adaptativo e se distrair ao volante. Caso a frenagem automática não funcione por qualquer motivo, ele precisará agir rapidamente para evitar uma batida ou atropelamento.

Então, é fundamental usar o equipamento com responsabilidade, mantendo sempre os olhos na via, prestando atenção à ação dos outros motoristas. A maioria dos carros possui sensores no volante e desabilita o Adas se “perceber” que o condutor não está segurando a direção.

A desativação ocorre em quase todos os modelos se o assistente de faixa de rolagem precisar agir continuamente, sinal de que o motorista está distraído. Alguns carros, ao “perceber” a ausência do condutor, param no acostamento e acionam o sistema de emergência. “O usuário deve conhecer os limites do sistema e guiar o veículo de forma cautelosa, dentro desses limites”, diz Mendes.