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‘Ford v. Ferrari’ estreia amanhã nos cinemas
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‘Ford v. Ferrari’ estreia amanhã nos cinemas

Longa metragem conta história da rivalidade entre as duas marcas que culminou na criação do Ford GT40 e tem Caroll Shelby como um dos personagens centrais

Redação

13 de nov, 2019 · 4 minutos de leitura.

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Matt Damon interpreta Caroll Shelby no longa metragem
Crédito:Mario Anzuoni/Reuters
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Estreia amanhã nas salas de cinema do País o Longa “Ford v. Ferrari”, que conta a histórica rivalidade entre as duas marcas nos anos 1960. O momento também foi pano de fundo para o nascimento de um dos maiores ícones do mundo automotivo, o Ford GT40.

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O longa retrata os pormenores das decisões tomadas pela Ford para criar o esportivo. O GT40 ganhou Le Mans quatro vezes seguidas, entre 1966 e 1969. Ele fez a marca ser a montadora americana a ganhar mais corridas europeias desde a Duesemberg nos anos 1920. A Ferrari havia ganhado Le Mans seguidamente entre 1960 e 1965.

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O GT40

O desenvolvimento do carro teve participação ativa de Henry Ford II, que queria um carro para vencer a Ferrari em Le Mans. A richa entre as duas marcas começou antes, em 1963. Foi quando Enzo Ferrari demonstrou interesse em vender a marca para a Ford.

A gigante americana gastou milhões de dólares em negociações legais para viabilizar a compra. Tudo para que a Ferrari encerrasse as conversas por não querer que a Ford controlasse a divisão de corridas da italiana.


O GT40 nasceu com motores V8 da Ford, preparados por Caroll Shelby, e chassis da Lola. Os V8 tinham entre 4,2 e 7,0 litros, os maiores usados pela Ford na época. O 40 do nome representam a altura do carro em polegadas, ou apenas 1,02 metro de altura, regra da categoria na época.

Shelby

Caroll Shelby foi um dos grandes nomes do automobilismo americano. O texano começou sua carreira de piloto em meados dos anos 1950 pilotando um MG TC emprestado de um amigo. Shelby bateu nada menos que 16 recordes de velocidade no deserto de sal de Bonneville, nos Estados Unidos. Também competiu na Fórmula 1 nas temporadas de 1958 e 1959.


A carreira ao volante foi curta, encerrada em 1959 por motivos de saúde. No entanto, a partir daí, Shelby construiu um legado na preparação de motores e construção de carros especiais. Já no início dos anos 1960, os primeiros AC Cobra ficaram prontos, com motor V8 de 4,2 litros da Ford.

O sucesso do carros nas pistas deu a Shelby vários troféus de construtores e o levou a participar ativamente na criação do GT40 dentro da própria Ford. A marca também preparou várias versões do Mustang com o conhecimento de Caroll Shelby.

Apesar da parceria histórica com a marca do oval azul, Shelby também desenvolveu projetos com Dodge e Oldsmobile, da GM. Modelos como Dodge Charcer, Lancer e Daytona tiveram versões especiais.


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Sistemas de assistência do carro podem apresentar falhas

Autodiagnóstico geralmente ajuda a solucionar um problema, mas condutor precisa estar atento

22 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Os veículos modernos mais caros estão repletos de facilidades para a vida do motorista e, dependendo do nível, podem até ser considerados semiautônomos. Câmeras, sensores, radares e softwares avançados permitem que eles executem uma série de funções sem a intervenção do condutor.

As tecnologias incluem controlador de velocidade que monitora o carro à frente e mantém a velocidade, assistente para deixar o veículo entre as faixas de rolagem, detectores de pontos cegos e até sistemas que estacionam o automóvel, calculando o tamanho da vaga e movimentando volante, freio e acelerador para uma baliza perfeita.

Tais sistemas são chamados de Adas, sigla em inglês de sistemas avançados de assistência ao motorista. São vários níveis de funcionamento presentes em boa parte dos veículos premium disponíveis no mercado. Esses recursos, no entanto, não estão livres de falhas e podem custar caro para o proprietário se o carro estiver fora da garantia.

“Os defeitos mais comuns dos sistemas de assistência ao motorista estão relacionados ao funcionamento dos sensores e às limitações do sistema ao interpretar o ambiente”, explica André Mendes, professor de Engenharia Mecânica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

Recalibragem necessária

O professor explica que o motorista precisa manter sempre os sensores limpos e calibrados. “O software embarcado deve estar atualizado, e a manutenção mecânica e elétrica, ser realizada conforme recomendações do fabricante”, recomenda.

Alguns sistemas conseguem fazer um autodiagnóstico assim que o carro é ligado, ou seja, eventuais avarias são avisadas ao motorista por meio de mensagens no painel. As oficinas especializadas e as concessionárias também podem encontrar falhas ao escanear o veículo. Como esses sistemas são todos interligados, os defeitos serão informados pela central eletrônica.

A recalibragem é necessária sempre que houver a troca de um desses dispositivos, como sensores e radares. Vale também ficar atento ao uso de peças por razões estéticas, como a das rodas originais por outras de aro maior. É prudente levar o carro a uma oficina especializada para fazer a checagem.

Condução atenta

A forma de dirigir também pode piorar o funcionamento dos sensores, causando acidentes. É muito comum, por exemplo, o motorista ligar o piloto automático adaptativo e se distrair ao volante. Caso a frenagem automática não funcione por qualquer motivo, ele precisará agir rapidamente para evitar uma batida ou atropelamento.

Então, é fundamental usar o equipamento com responsabilidade, mantendo sempre os olhos na via, prestando atenção à ação dos outros motoristas. A maioria dos carros possui sensores no volante e desabilita o Adas se “perceber” que o condutor não está segurando a direção.

A desativação ocorre em quase todos os modelos se o assistente de faixa de rolagem precisar agir continuamente, sinal de que o motorista está distraído. Alguns carros, ao “perceber” a ausência do condutor, param no acostamento e acionam o sistema de emergência. “O usuário deve conhecer os limites do sistema e guiar o veículo de forma cautelosa, dentro desses limites”, diz Mendes.