A Ford anunciou o desenvolvendo carros elétricos com extensores de autonomia. A marca norte-americana objetiva, com a nova prática, atrair mais clientes e, consequentemente, aumentar suas vendas. Ainda não há indícios do que vem por aí, tampouco datas de lançamento.
De acordo com o CEO da Ford, Jim Farley, as novas plataformas servirão a SUVs e picapes. Em síntese, carros elétricos com extensor de autonomia têm tração exclusivamente elétrica, entretanto, a energia que alimenta a bateria pode vir de um motor a combustão. A tecnologia é chamada REX e já foi usada, por exemplo, no BMW i3 que, à época, gerou polêmica e foi considerado híbrido.
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O fato é que esse tipo de tecnologia aumenta a autonomia do carro e afasta a dependência exclusiva de pontos de recarga. Além disso, a produção de modelos com extensores de alcance é mais acessível e barata do que os elétricos puros. “Como não há transmissão, nem marchas, nem linha de transmissão, nem eixos duplicados, nem trem de força duplicado, o investimento incremental de instalação desse motor de combustão é mínimo para o cliente”, argumentou Farley, durante evento de apresentações de resultados da Ford.
Quando fala em resultados da Ford (que teve queda de 9% nas vendas de elétricos, globalmente, em 2024), Farley faz referência a entrevistas com proprietários de REXs produzidos pela chinesa Li Auto. Segundo ele, a marca conseguiu obter uma fatia substancial do mercado de SUVs premium na China, justamente, por conta dessa tecnologia. “Ficamos realmente impressionados. Os clientes pensam nesses veículos como EVs (100% elétricos) e não como híbridos”, surpreende-se.
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