RAFAELA BORGES
FOTOS: MERCEDES-BENZ/DIVULGAÇÃO
Se a previsão de chuva se concretizar, o alemão Bernd Maylander terá um dia árduo de trabalho hoje no Autódromo de Interlagos, durante o Grande Prêmio do Brasil. Aos 41 anos, ele pode ser considerado um guardião da segurança dos pilotos de Fórmula 1. Quem acompanha as corridas da categoria conhece seu rosto: ele é visto ao volante de um Mercedes-Benz SLS sempre que há situação de risco na pista.
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Maylander é piloto do carro de segurança da F-1 há 13 anos. Já passou corridas quase inteiras sem ter nada para fazer, como na última etapa, em Austin (EUA). Outras vezes, liderou o pelotão de monopostos por quase 70% de uma prova – foi em Montreal, no Canadá, em 2011.
O carro de segurança é requisitado, geralmente, em dias de chuva – ou outras situações que prejudiquem a visibilidade – e quando há acidentes que colocam em risco os pilotos que continuam na corrida. O trabalho de Maylander, no entanto, começa bem antes de domingo.
Em todas as etapas, na quinta-feira que antecede às corridas, cabe a ele fazer o reconhecimento da pista e passar suas impressões à direção de prova. “Este ano, as condições em Interlagos estão muito boas”, diz.
E nas corridas, principalmente em dias de chuva, sua função não é apenas liderar um pelotão – a velocidades que podem chegar a 245 km/h. “Eu forneço à direção de prova minhas impressões sobre as condições da pista e eles a usam para decidir se vão ou não interromper a corrida.”
Ao lado de Suzuka, no Japão, Interlagos é o circuito preferido de Maylander. Para ele, um dos momentos mais emocioantes da fórmula 1 aconteceu lá: o título de Lewis Hamilton, em 2008, após disputa até a última volta com o brasileiro Felipe Massa.
Desde o Grande Prêmio de Cingapura, em setembro, a versão do SLS usada como carro de segurança é a GT, com motor de 591 cv. É praticamente a mesma configuração do modelo de rua, mas com equipamentos como giroscópio e sistema de comunicação com os boxes.