LUÍS FELIPE FIGUEIREDO
Os motores V8 de 2,4 litros aspirados usados na Fórmula 1 desde 2006 darão lugar, em 2014, a novos V6 de 1,6 litro com turbo e sistemas de recuperação de energia mais potentes. O objetivo é tornar a categoria máxima do automobilismo “verde” e, de quebra, mais próxima do consumidor “comum” de automóveis. As estimativas iniciais indicam que os carros irão gastar 35% menos combustível, mantendo a potência atual de aproximadamente 750 cv.
A princípio a ideia era usar motores de quatro cilindros já em 2013. Mas a proposta, defendida pela Renault, foi rejeitada pela Ferrari, que não via aplicação prática em seus carros de rua. A escolha dos V6 foi o meio-termo encontrado pelos times.
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Estima-se que dessa forma, fabricantes que não têm interesse em produzir propulsores nas especificações atuais poderão ser atraídas, além das atuais Renault, Fiat (Ferrari) e Mercedes-Benz e da inglesa Cosworth. A Volkswagen já deu sinais de interesse, por meio da Audi.
Outros “atraídos” seriam novos patrocinadores que atualmente rejeitam a categoria por considerá-la “suja” e poluente.
Aprovada pelas equipes, a mudança gerou preocupações com custos e alterações no ronco dos motores – um dos maiores atrativos do esporte. A regra foi revista e o limite inicial de 12 mil rpm foi elevado para 15 mil giros (os V8 atuais atingem 18 mil rpm).
Prestes a iniciar os testes com seus novos motores, a Mercedes informou que o som dos V6 “não preocupa”, conforme revelou a revista inglesa Autosport.
Da potência total de 750 cv, cerca de 600 cv serão produzidos pelos V6. O restante virá do sistema Kers de recuperação de energia de frenagem, que terá o limite elevado dos atuais 60 kW (81,5 cv) para 120 kW (163 cv).
Os turbocompressores passarão também a usar novos materiais, para melhorar a eficiência.
