05/08/2012 - 5 minutos de leitura.

Francisco Margaria, o senhor Harley

Em uma casa simples da Vila Invernada, na zona leste, vive um dos últimos representantes de uma época romântica do motociclismo paulistano. Francisco Margaria é um nome pouco conhecido, mesmo para os motociclistas mais rodados. Mas, como “Chico das…

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ROBERTO BASCCHERA

FOTOS: MÁRCIO FERNANDES/AE

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Em uma casa simples da Vila Invernada, na zona leste, vive um dos últimos representantes de uma época romântica do motociclismo paulistano. Francisco Margaria é um nome pouco conhecido, mesmo para os motociclistas mais rodados. Mas, como “Chico das Harleys”, apelido que carrega há pelo menos cinco décadas, a história muda. Os fãs mais antigos das motos Harley Davidson já ouviram falar dele. E muitos ainda o reverenciam.

Aos 85 anos, esse funcionário público aposentado, nascido na Vila Mariana, é um dos poucos remanescentes (senão o único) dos frequentadores da Esquina do Veneno, o cruzamento da Rua General Osório e da Alameda Barão de Limeira, no centro, que nos anos 1940 e 1950 reunia os apaixonados por duas rodas. Gente como Fernando Taconelli, Felipe Carmona, Luiz Latorre e Edgard Soares.


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Os anos passaram, ele se aposentou e se desfez da oficina na Rua do Hipódromo, no Brás, mas em uma pequena oficina do quintal de casa continua atendendo a alguns clientes que ainda confiam em suas habilidades.

Margaria (pronuncia-se Margária) conhece como poucos as Harley-Davidson, em especial as antigas. No momento, está montando uma moto inusitada para os padrões atuais, mas muito comum entre os apreciadores da marca: chassi dos anos 1970, motor Flat Head 1.200 de 1946, frente e rodas modernas e banco de um só lugar, coberto de couro, sem revestimento de espuma.


A montagem está na fase final e, após os acertos e adaptações, vai rodar como nova, ele garante. “Essas máquinas são como ônibus. Aguentam todo tipo de uso e de trabalho, só não podem parar de rodar.” Máquina, por sinal, é o termo que ele usa para falar de motocicletas. E, como relíquia, tem uma Harley Flat Head 1946 com side car, em fase de restauração.

CORRIDAS


A idade avançada e o ombro avariado por uma queda (que não foi de uma Harley) não permitem que Margaria faça as loucuras de antes, como apostar corridas com motos de passeio, um dos hobbies de sua turma nos anos 1950. O veterano motociclista guarda fotos de corridas realizadas num circuito improvisado no então recém-inaugurado Parque do Ibirapuera, em meados da década de 50.

“Meu joelho direito estourou de tanto pedalar”, conta, referindo-se aos esforços para “ligar” motores sem partida elétrica. Nessas motos, não é raro que um movimento de pedal mal realizado termine em fratura.


Como servidor do Estado, Margaria trabalhou na oficina da Polícia Civil. Famoso por seus conhecimentos e habilidade, era constantemente chamado para fazer reparos nas Harley da Polícia do Exército, no Ibirapuera, e da Polícia Rodoviária.

Seus discípulos confirmam a fama. “Tudo o que eu sei de mecânica, aprendi com ele”, conta Marcelo Fernandes de Sousa, de 47 anos, dono de oficina na zona norte, e outro apaixonado pela marca americana. “Comecei a mexer em motos como hobby, com Seu Chico, e acabou virando profissão.”


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