Você está lendo...
Freios devem ser revisados a cada 10 mil km
Notícias

Freios devem ser revisados a cada 10 mil km

Discos, pastilhas, tambor e lona podem ter desgaste prematura por causa de fatores como o modo de dirigir

31 de ago, 2014 · 6 minutos de leitura.

Publicidade

 Freios devem ser revisados a cada 10 mil km
Durabilidade média do sistema é de 50 mil quilômetros

Formado por discos, pastilhas, tambor e lona, o sistema de freios é um dos mais importantes para a segurança de motorista e passageiros do veículo. Por isso, a vistoria deve ser feita, em média, a cada dez mil quilômetros, ou conforme indicação no manual do proprietário do carro.

Já a durabilidade média dos componentes do sistema, segundo especialistas, é de 50 mil quilômetros. Porém, o administrador de oficina mecânica Pedro Luiz Scopino alerta que algumas peças se desgastam mais rápido e devem ser trocadas entre 20 e 30 mil km.

Publicidade


Alguns maus hábitos ao volante podem causar desgaste prematuro em suas peças. Entre eles está frear o carro bruscamente e andar com a marcha desengatada.

Além disso, problemas em outros sistemas, como o de suspensão e embreagem, se não resolvidos assim que percebidos, podem interferir nos freios, causando também desgaste acentuado em seus componentes. É o chamado “efeito cascata”.

Os problemas mais comuns são o desgaste da lona e da pastilha, que comprometem a capacidade de frenagem. Ruídos (os famosos assovios) e trepidação do pedal são sinais de que há algo errado no sistema. “Preste atenção também ao pedal ‘borrachudo’, ou seja: o motorista o pressiona e percebe que o carro não está parando”, recomenda o diretor da Associação de Engenharia Automotiva (AEA), Marcus Vinicius Aguiar.


Alguns componentes, como os discos, podem ser reparados. Os de fricção (pastilhas e lonas), no entanto, não têm conserto. Se apresentarem defeito, devem ser trocados.

FLUIDO


O fluido de freio circula pela tubulação do sistema, lubrificando suas peças e evitando que elas se desgastem prematuramente por excesso de fricção, além de corrosão.

A recomendação de especialistas é que o fluido seja trocado ao menos uma vez por ano, ou a cada dois anos, dependendo do veículo. Verifique a recomendação no manual do veículo. Além disso, nas verificações ao sistema de freio, se o nível do fluido estiver baixo, não basta completa-lo. É necessária a substituição.

Há, ainda, risco de vazamento do fluido, causado por desgaste dos flexíveis de freio, ou mangueiras. Essas peças podem também se romper em um impacto, por exemplo.


Se o nível do fluido estiver baixo, há redução da capacidade de frenagem ou mesmo chance de o carro não parar quando o sistema estiver acionado. Por isso, pedal “borrachudo” é um sintoma de que é hora de verificar ou trocar o fluido.

“Em regiões mais úmidas, é comum o fluido capturar água, o que exige trocas mais constantes”, alerta Aguiar.

ABS



Obrigatórios em carros de passeio e comerciais leves vendidos no Brasil desde o início do ano, o sistema de freios antitravamento não costuma apresentar problemas. A falha mais comum, embora rara, é nos sensores de rodas. Neste caso, a luz do ABS vai se acender no painel do veículo.

PREÇOS


Para o Fiat Uno Vivace 1.0 2014, o fluido de freio sai por R$ 19. Os jogos de lona, discos e pastilha têm preço de, respectivamente, R$ 320, R$ 340 e R$ 170, em média.

No caso do Ford Fiesta S 2014, são, em média, R$ 290 para as lonas, R$ 105 para os discos e R$ 450 para as pastilhas. O fluido de freio custa cerca de R$ 30.

Os valores foram pesquisados na rede de concessionárias Fiat e Ford.


Deixe sua opinião
Jornal do Carro
Oficina Mobilidade

Carros elétricos são mais seguros do que automóveis a combustão?

Alguns recursos podem reduzir o risco de incêndio e aumentar a estabilidade

26 de abr, 2024 · 2 minutos de leitura.

Uma pergunta recorrente quando se fala em carro elétrico é se ele é mais ou menos seguro que um veículo com motor a combustão. “Os dois modelos são bastante confiáveis”, diz Fábio Delatore, professor de Engenharia Elétrica da Fundação Educacional Inaciana (FEI). 

No entanto, há um aspecto que pesa a favor do automóvel com tecnologia elétrica. Segundo relatório da National Highway Traffic Safety Administration (ou Administração Nacional de Segurança Rodoviária), dos Estados Unidos, os veículos elétricos são 11 vezes menos propensos a pegar fogo do que os carros movidos a gasolina.

Dados coletados entre 2011 e 2020 mostram que, proporcionalmente, apenas 1,2% dos incêndios atingiram veículos elétricos. Isso acontece por vários motivos. Em primeiro lugar, porque não possuem tanque de combustível. As baterias de íon de lítio têm menos risco de pegar fogo.

Centro de gravidade

Segundo Delatore, os carros elétricos recebem uma série de reforços na estrutura para garantir maior segurança. Um exemplo são os dispositivos de proteção contra sobrecarga e curto-circuito das baterias, que cortam a energia imediatamente ao detectar uma avaria.

Além disso, as baterias são instaladas em uma área isolada, com sistema de ventilação, embaixo do carro. Assim, o centro de gravidade fica mais baixo, aumentando a estabilidade e diminuindo o risco de capotamento. 

E não é só isso. “Os elétricos apresentam respostas mais rápidas em comparação aos automóveis convencionais. Isso facilita o controle em situações de emergência”, diz Delatore.

Altamente tecnológicos, os veículos movidos a bateria também possuem uma série de itens de segurança presentes nos de motor a combustão. Veja os principais:

– Frenagem automática de emergência: recurso que detecta objetos na frente do carro e aplica os freios automaticamente para evitar colisão.

– Aviso de saída de faixa: detecta quando o carro está saindo da faixa involuntariamente e emite um alerta para o motorista.

– Controle de cruzeiro adaptativo: mantém o automóvel a uma distância segura do carro à frente e ajusta automaticamente a velocidade para evitar batidas.

– Monitoramento de ponto cego: pode detectar objetos nos pontos cegos do carro e emitir uma advertência para o condutor tomar cuidado.

– Visão noturna: melhora a visibilidade do motorista em condições de pouca iluminação nas vias.