O Fusca representa 20% dos carros de colecionadores (com placa preta) registrados no Estado de São Paulo. Dos 28.782 exemplares com esse tipo de identificação, 6.420 são do modelo da Volkswagen. Com isso, o Fusca é líder na lista dos dez modelos mais colecionados do Estado. Os dados são do Detran-SP.
O ranking dos dez mais colecionados tem ainda Opala, Charger R/T, Puma GTS, Brasília, Maverick, Kombi, Corcel, Karmann-Ghia e Cadillac.
Para ser considerado carro de colecionador e receber a placa preta, o veículo deve ter mais de 30 anos de idade e preencher uma série de requisitos estipulados peloDepartamento Estadual de Trânsito (Detran). Entre eles, o modelo deve ter ao menos 70% de suas peças originais.
De acordo com orientações do Detran, para requerer a placa preta é necessário solicitar um certificado de originalidade, que custa entre R$ 200 e R$ 600, junto aos clubes de colecionadores credenciados no Departamento Nacional de Transporte (Denatran).
Após a emissão do documento, é preciso solicitar o Certificado de Registro do Veículo específico, em que consta a expressão “Veículo de Coleção”. Esse processo que custa R$ 285,27. A etapa final é o pedido de estampa do par de placas (o valor é R$ 128,68).
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VOLKSWAGEN VOYAGE
Robustez, confiabilidade mecânica e o bom torque do motor AP 600 de 1,6 litro fazem do Voyage uma opção interessante. Ele tem os mesmos predicados do Gol, com uma vantagem: o três-volume foi menos desejado pelos jovens de sua época que o hatch, o que aumenta as chances de encontrar hoje um exemplar que não tenha sido maltratado.
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FIAT 147
Compacto e fácil de manter, o 147 tem lá seu charme e seu valor não inflacionou como o de outros "velhinhos", o que faz dele uma boa porta de entrada para o mundo dos antigos. Os exemplares derradeiros, fabricados em 1986, ostentavam o mesmo conjunto ótico que havia sido usado pelos "primos nobres" Spazio e Oggi. A versão que aparece na foto, a esportiva Rallye, é a mais rara da linha.
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FORD CORCEL II
Outro modelo que não foi "descoberto" pelo mercado de antigos e, por isso, pode ser uma boa oportunidade de compra. Grande por dentro, leva a família com conforto, e a mecânica herdada do Renault Gordini não tem manutenção cara. Prefira as versões com motor 1.6, que foi introduzido em 1979. O conjunto mecânico das unidades mais antigas, com motor 1.4 e câmbio de quatro marchas, sofre para mover o peso do carro - muitos proprietários trocam a caixa por uma de cinco velocidades.
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VOLKSWAGEN FUSCA
Preço baixo, estilo simpático, mecânica simples e barata de reparar e, especialmente, um grande valor afetivo na memória do brasileiro. Está dada a receita de sucesso do Fusca no mercado de antigos. Além disso, o VW pode ser aquele empurrãozinho que falta para turbinar sua vida social: basta sair com o carro pelas ruas para fazer novas amizades, tantas são as pessoas que abordam os donos, movidas pelo carinho sem fim pelo modelo.
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CHEVROLET MONZA
Verdadeiro fetiche da década de 1980, o Chevrolet Monza exerceu protagonismo singular entre os sedãs médios da época e, ainda hoje, mantém a pose ao rodar pelas ruas. Sua legião de fãs é enorme e bastante articulada em clubes, o que ajuda na hora de buscar peças. As safras que precederam a controversa reestilização de 1991, conhecida como fase "tubarão", são mais valorizadas, especialmente as fabricadas a partir da segunda metade de 1985, com conta-giros no painel e bancos com apoios de cabeça reguláveis.
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VOLKSWAGEN SANTANA
O arqui-inimigo do Monza também se garante nesta lista, principalmente por conta de sua solidez à toda prova, comprovada por milhares de taxistas Brasil afora. Mas essa robustez pode acabar sendo a desgraça do modelo: muitos exemplares foram sendo transformados em carros de trabalho, desses que levam material de construção. Os exemplares íntegros tendem a virar itens de colecionador.
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CHEVROLET KADETT GS e FORD ESCORT XR3 CONVERSÍVEIS
Os dois rivais formavam, com o VW Gol GTS, a trinca de "hot hatches" que disputavam a preferência do consumidor na virada das décadas de 80 e 90. Mas apenas o Ford e o Chevrolet tinham versão conversível, o que faz deles as opções mais acessíveis para quem busca um carro antigo sem capota. Ambos têm bom desempenho (a partir de 1990, o XR3 deixou para trás o fraco motor CHT 1.6 e passou a usar um 1.8 de origem VW) e mecânica sólida.
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VOLKSWAGEN KOMBI
Não dá para deixar de fora desta lista a "Velha Senhora". Seu enorme carisma fez dela um ícone pop. Se a manutenção do motor VW a ar é fácil, encontrar peças de acabamento das safras mais antigas pode ser desafiador. E isso só tende a se agravar, já que mais e mais exemplares sobreviventes da van estão sendo exportados na surdina para colecionadores europeus. Se você sonha em ter uma Kombi antigona, é bom não dormir no ponto: a hora é agora.