José Antonio Leme
A segunda geração do Fusion Hybrid chega ao Brasil mais em conta e com ganho de força no motor elétrico. Com tabela de R$ 124.990, ante os R$ 133.900 da versão anterior, o Ford tem o mesmo nível de equipamentos da opção Titanium, topo de linha do sedã mexicano. O que não mudou foi o posto de carro mais econômico do País, com consumo médio de 16,9 km/l na estrada, segundo dados do Inmetro divulgados pela fábrica.
As principais alterações estão sob o capô. O motor 2.5 a gasolina de 158 cv deu lugar ao 2.0 de 145 cv, enquanto a potência do elétrico subiu de 107 cv para 120 cv. Agora ele acelera o sedã a 100 km/h sozinho e a potência combinada é de 190 cv.
A bateria, que era de níquel metálico, passou a ser de íons de lítio e está 23 quilos mais leve que a “antiga”. É recarregada por recuperação de energia no processo de frenagem.
De série, há oito air bags, sistema de multimídia com tela de 8” e navegador GPS, assistência ao estacionamento e sistema que corrige a trajetória quando “percebe” que o carro está saindo da faixa de rolamento. Há ainda recursos como alertas de “ponto cego” e risco de colisão, câmera de ré, controlador de velocidade adaptativo e controles de estabilidade e tração, com auxílio de partida em rampas.
Os mostradores das laterais do painel de instrumentos podem ser personalizados. O interior é revestido de couro, o que reforça o aspecto de qualidade.
Periféricos do motor a combustão, como bomba d’água e compressor do ar-condicionado, são elétricos. Isso reduz as perdas e contribui para melhorar a eficiência do conjunto.
As revisões devem ser feitas a cada 10 mil km e têm valores fixos iguais ao do restante da linha Fusion. A manutenção pode ser realizada em qualquer oficina da rede autorizada Ford no País e a garantia da bateria, de oito anos, foi mantida.
O Fusion Hybrid tem seguro sem definição de perfil, em parceria com a Mapfre. O valor médio é de R$ 4.700 – o preço varia conforme a cidade.
Em movimento. O comportamento de direção e suspensão é idêntico ao das versões 100% a combustão. Nem dá para perceber que o modelo é híbrido. O único aspecto que denuncia o tipo de propulsão é o rodar extremamente silencioso.
Na cidade é possível usar só o modo elétrico. Se a topografia ajudar, raramente o motor 2.0 entrará em funcionamento. Na estrada, a combinação de propulsores permite fazer ultrapassagens e retomadas de velocidade sem sustos. O câmbio CVT (de relações continuamente variáveis) colabora com o conforto e funciona sem trancos.
Mesmo com o peso das baterias, o sedã é bom de curva. Os freios foram recalibrados, o que melhorou suas respostas. Mas é preciso se adequar às particularidades do sistema, que requer pressão extra no pedal pois, antes de iniciar a frenagem, recupera energia para a bateria.