Em uma carta enviada aos investidores da General Motors, a CEO Mary Barra lhes deu uma perspectiva favorável, que podem esperar um bom retorno financeiro este ano. Isso motivou a subida das ações da GM recentemente. A prioridade da empresa é a devolução do dinheiro aos acionistas, e quase todo esse dinheiro (entre US$ 8 bilhões a US$ 10 bilhões em fluxo de caixa livre previstos) vem da venda de veículos a combustão, surpreendentemente.
Isso acontece pelo fato da empresa depositar suas esperanças nas vendas de modelos grandes (picapes e SUVs) a combustão na América do Norte. Outro fator é a redução dos custos e aumentos de vendas de elétricos, que em 2023 entregaram menos do que o previsto em planos anteriores. A informação é do site Autoblog.
Assim, a marca espera que as vendas gerais de elétricos nos EUA cheguem a 10%, ao invés dos 7% registrados ano passado. “Sabemos que o mercado de EV não vai crescer linearmente”, afirmou o CFO Paul Jacobson. “Estamos preparados para flexibilizar a produção de veículos a combustão e EVs”, afirmou o executivo a analistas.
Mary Barra afirmou que a GM lançará veículos híbridos plug-in na América do Norte, se afastando do plano original de contornar motores híbridos nesse mercado. Isso se deve ao fato do público ter impulsionado a venda de híbridos nos EUA, por exemplo. Os altos preços de modelos elétricos e baixa infraestrutura de recarga tem afastado compradores.
Contudo, quando perguntada sobre possíveis mudanças nas estratégias de veículos elétricos e autônomos da GM, que têm gerado prejuízos, Barra afirmou que a companhia não tem medo de tomar decisões difíceis, e que “nada está fora de questão”.
E como fica a GM do Brasil?
A GM fará investimentos de R$ 7 bilhões no País até 2028 para renovar sua gama de produtos e focar, principalmente, na mobilidade sustentável. Além disso, a empresa planeja modernizar suas fábricas para desenvolver tecnologias customizadas para o mercado brasileiro.
Apesar de não se pronunciar abertamente, a GM apostará suas fichas nos carros híbridos flex no Brasil. Recentemente, o presidente da GM International, Shilpan Amin, afirmou que as operações do Brasil “[…] tem alto potencial de crescimento com vocação também para veículos de novas tecnologias, em sintonia com a matriz energética predominantemente limpa do País.” Nesse caso, o etanol.
Ainda é cedo para dizer quais veículos no Brasil seriam os primeiros a receber a tecnologia híbrida flex, mas a exemplo de fabricantes concorrentes, como a Toyota, Stellantis ou VW, é seguro pensar que um SUV seja o carro chefe da tecnologia. Se mencionarmos a GM, podemos apostar no SUV Tracker, ou mesmo na picape compacta média Montana, por exemplo.
O Jornal do Carro também está no Instagram!