Os desdobramentos do dieselgate, caso de fraude de emissões de motores a diesel da Volkswagen em todo o mundo, não param de surgir para outras montadoras. Depois de FCA, Mercedes-Benz, Renault e PSA, agora é a vez da GM ser acusada de usar um dispositivo para fraudar os testes.
Segundo a agência de notícias Bloomberg, mais de 705 mil picapes do grupo GM equipadas com os motores Duramax serão investigadas como parte de um processo que já está correndo na corte federal dos Estados Unidos e que afirma que a montadora teria instalado ao menos três dispositivos em dois modelos, a Chevrolet Silverado HD e a GMC Sierra HD, entre 2011 e 2016.
O processo, que contém 190 páginas, faz referências ao caso da Volkswagen 83 vezes e sugere que o dano causado ao meio ambiente pela General Motors poderia ser maior que o da Volkswagen, já que os motores usados na picapes são de maior capacidade volumétrica que os envolvidos no caso da marca alemã.
Os dispositivos para fraudar as emissões permitiriam as picapes passarem pelos testes, mas que nas estradas e ruas produzissem até cinco vezes mais poluentes que o permitido por lei. Nos Estados Unidos, os limites são estipulados por estado, mas a regra acaba sendo atender aos limites impostos pelo California Air Resources Board (CARB), órgão da Califórnia e tem que os níveis mais rígidos de todo o país.