Após Carlos Zarlenga, presidente da General Motors Mercosul, em comunicado, deixar no ar para funcionários que a General Motors poderia deixar o Brasil caso não voltasse a dar lucro, os prefeitos das cidades de São Caetano do Sul (sede da GM do Brasil) e São José dos Campos, juntos dos presidentes dos sindicatos dos trabalhadores das regiões, se reuniram com executivos da montadora.
A primeira conversa, marcada para às 11h, durou cerca de três horas. Seguida de outra às 15h. Nela, uma possível saída do Brasil foi descartada. Mas a GM deixou claro que novos investimentos depois dos ciclos já anunciados vão depender diretamente de lucros futuros. E que ajustes para melhorar a lucratividade das fábricas terão que ser feitos.
Na unidade de São José, por exemplo, eram produzidos quatro modelos até 2013. Hoje, apenas S10 e Trailblazer saem de lá, o que afetou os novos planos para a planta, que não foi alvo do investimentos anunciados nos últimos anos. Ao fim da reunião, membros do sindicato afirmaram que, segundo a GM, uma nova linha de produtos poderá sair de lá também, mas sem confirmação de qual.
Continua depois do anúncioDesejo por mais incentivos fiscais
Outro palavra usada pelos representantes da GM na reunião, e direcionada para os prefeitos e metalúrgicos, foi “viabilização”. Isso significa que a montadora espera mais incentivos fiscais das cidades para continuar a investir nas fábricas.
Até agora cinco reuniões já foram feitas entre a direção da montadora e representantes da Secretaria da Fazenda do Governo do Estado. Todas sem resposta positiva. Por isso a pressão e a ameaça de ir embora do Brasil. Uma nova reunião vai ocorrer especificamente com o sindicato de São Caetano amanhã.