Há décadas, nos acostumamos a pensar que pneus eram aqueles componentes de borracha “alimentados” por oxigênio, que servem de contato entre as rodas do carro e o solo. Mas a Goodyear está pesquisando algo bem diferente disso.
O protótipo batizado de “Oxygene”, mostrado no Salão de Genebra, na Suíça, é revolucionário – para dizer o mínimo. E, antes que você pergunte, meio desconfiado, que substância esverdeada é essa, já respondemos: é um tipo de musgo.
Para começar, o protótipo de pneu é capaz de gerar eletricidade por meio de fotossíntese (não se esqueça de que há musgo rodando dentro dele), e pode se iluminar para comunicar diferentes ações, como situações de frenagem e curvas. Ah, sim. Além de musgo, o Oxygene é dotado de sensores e até de uma central eletrônica. A fabricante informa que o pneu (será que isso ainda pode ser chamado de pneu?) é capaz de resistir a buracos.
Produção de oxigênio
E por que o protótipo tem esse nome? Porque, segundo a Goodyear, além de eletricidade, ele também gera oxigênio, ao combinar umidade do solo e gás carbônico da atmosfera. É esse ar puro criado pelo próprio pneu que alimenta o musgo que ele traz em seu interior. Após a “alimentação”, o pneu libera oxigênio.
A empresa estima que, em uma cidade de 2,5 milhões de veículos, esses pneus seriam capazes de liberar 3 mil toneladas de oxigênio e de absorver 4 mil toneladas de gás carbônico por ano.
O pneu propriamente dito não utiliza ar. Por isso, o usuário não precisa se preocupar com calibragens periódicas, furos ou estouros. E emprega borracha reciclada.
Só não espere ver esses “pneus vivos” rodando por aí tão cedo. Segundo a Goodyear, o Oxygene é apenas um conceito, uma proposta para o futuro da mobilidade, de forma sustentável e segura.