A presidente da República, Dilma Rousseff, decidiu reduzir a quantidade de etanol misturado à gasolina vendida no Brasil como parte dos esforços para controlar a inflação. A nova porcentagem será de 18% ou 20% – hoje a proporção é de 22% a 25%.
A decisão sobre a nova mistura deverá ser conhecida antes de agosto. Vindas de uma fonte do governo, as informações são da agência de notícias Reuters.
Os preços crescentes do açúcar e, consequentemente, do álcool combustível, têm agido de maneira importante no aumento dos índices inflacionários acima das metas preestabelecidas.
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“O efeito dos preços do etanol tem sido muito negativo para a inflação e as expectativas de inflação. A presidente decidiu atuar”, afirmou a fonte, que pediu anonimato.
A medida, que já era esperada por economistas e representantes da indústria açucareira, poderá aliviar substancialmente as pressões inflacionárias no País.
O combustível derivado da cana-de-açúcar tem uma participação superior a 2,5% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Uma das possíveis consequências dessa mudança seria o aumento da importação de gasolina por parte da Petrobras, para compensar a redução do etanol.
A demanda menor pelo álcool combustível também poderia levar os usineiros a produzir mais açúcar, gerando alterações nos valores globais do produto.
