A partir desta sexta-feira (25), as montadoras do Brasil estarão com suas linhas de produção paralisadas. A medida é reflexo da greve dos caminhoneiros.
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O anúncio foi feito na noite desta quinta-feira (24) pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
“A greve dos caminhoneiros afetará significativamente nossos resultados tanto para vendas quanto para fabricação e exportação”, informou a Anfavea, por meio de nota.
Serão paralisadas todas as 40 fábricas de automóveis, caminhões, ônibus e motores.
Para a associação, a paralisação vai gerar grande impacto na arrecadação do País. “A indústria automobilística gera impostos de mais de R$ 250 milhões por dia”, justificou a nota da Anfavea.
A greve dos caminhoneiros está gerando caos no País. Há risco de escassez de combustível. Em grandes cidades, como São Paulo e Rio de Janeiro, há grandes filas nos postos de combustível desde a noite de quarta-feira (23). Os consumidores temem ficar desabastecidos.
A paralisação e o bloqueio feito em estradas e até nas marginais de São Paulo também estão gerando escassez de outros produtos. Já há falta de alimentos em supermercados, e até hospitais estão sendo afetados.
O impacto da greve dos caminhoneiros
A indústria automobilística depende do transporte de peças para manter suas linhas de produção em funcionamento, e também para despachar os veículos fabricados.
Desde a última terça-feira (22), algumas fábricas do País já estavam paralisadas.
Após anos de queda, a indústria automobilística está se recuperando em 2018. De janeiro a abril, foram vendidos no País 762.849 veículos.
Esse número representa alta de 21,31% ante o mesmo período do ano passado. Os dados incluem automóveis, comerciais leves, ônibus e caminhões.
Considerando apenas os automóveis e os comerciais leves, a alta é de mais de 58%. Os dados são da Fenabrave, federação que reúne associações de concessionárias.
A produção e as exportações também estão em alta.
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