Luís Felipe Figueiredo
Em junho a CN Auto, que importa as marcas Hafei e Jinbei, passa a vender mais uma chinesa no País: a Brilliance. Os primeiros modelos a chegar são o hatch FRV GL e sua variante “aventureira”, FRV Cross. A fabricante é conhecida como “BMW chinesa” por ser a parceira escolhida para produzir os carros da alemã na China.
Os FRV estão em fase final de homologação. Compõem o primeiro lote 70 unidades do “normal”, com tabela em torno de R$ 41,5 mil, e 130 do Cross. Destes, 80 são automáticos e 50 manuais, como o avaliado, que terá preço de cerca de R$ 48 mil. A versão com câmbio automático deve partir de R$ 50 mil.
Ante futuros rivais como o VW CrossFox e o Sandero Stepway, da Renault, o FRV Cross tem o apelo da novidade. Nas ruas, várias pessoas elogiaram seu desenho. As linhas são assinadas pelo italiano Giorgetto Giugiaro.
O motor 1.5 quatro-cilindros a gasolina tem 102 cv (na automática, são 106 cv) e desempenho razoável. Na estrada ele perde rendimento facilmente e sofre para manter o carro a 120 km/h.
Os freios, a disco nas quatro rodas, não passam segurança. A suspensão é mal calibrada: firme quando deveria ser macia (não isola as imperfeições do piso) e molenga em curvas. A carroceria balança demais.
A posição de guiar deixa a desejar. O ajuste de altura do volante é restrito e o encosto do banco tem regulagem por alavanca, o que dificulta achar uma boa posição. Exceto pelo quadro de instrumentos, que é difícil de ler, o acabamento é bom. O nível de ruído a bordo é baixo. Os detalhes que imitam madeira, como no carro avaliado, fazem parte do pacote de personalização.