O Conselho de Ministros da Câmara de Comércio Exterior (Camex), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic), aprovou a redução do imposto de importação para carros híbridos.
Com a medida, a taxa cai de 35% para índices que variam de 0% a 5%. Modelos que entram montados no País pagam 5%. Já para os automóveis que chegam desmontados, em CKD, a incidência varia conforme o índice de nacionalização e a eficiência energética de cada automóvel.
A Camex afirmou que a redução do Imposto de Importação para veículos híbridos faz parte de um conjunto de medidas necessárias para a criação de um novo mercado. Para o conselho, a introdução dessas novas tecnologias vai disponibilizar ao consumidor veículos com maior eficiência energética. Os automóveis 100% elétricos e os híbridos com tecnologia plug-in (recarga em tomadas) não estão na lista de redução. Renault Fluence, BMW i3 e Nissan Leaf, estão entre os modelos que funcionam apenas com propulsão elétrica.
Um dos entraves para o segmento de veículos “verdes” é o alto preço da tecnologia. Para comparação, a tabela de um Fusion híbrido parte de R$ 128.700, ante os R$ 98.700 da versão “comum” na qual se baseia. Já o BMW i3 tem tabela partindo de R$ 225.950. De mesmo porte, mas com motor 1.4 a gasolina, o Audi A1 tem preço sugerido a partir de R$ 79.900.
“O principal problema ainda é a tributação. No Brasil não há incentivos para a compra desse tipo de carro, como ocorre nos EUA, Europa e Japão”, disse o gerente-geral de assuntos governamentais da Toyota, Ricardo Bastos, antes da mudança da taxa. Ele conta que, de janeiro do ano passado, quando chegou ao País, até agora, o Prius teve só 350 unidades vendidas.
Em São Paulo, foi aprovado em maio o projeto de lei 276/2012, que prevê a concessão de desconto de 50% do IPVA para carros elétricos e híbridos emplacados na cidade. Além disso, esses veículos seriam liberados do rodízio municipal. Mas a Prefeitura ainda não providenciou o decreto que regulamenta a nova lei.