
MARCELO FENERICH
A principal novidade da linha 2012 da Hilux é o motor bicombustível. A picape Toyota ganhou opções com o quatro-cilindros 2.7, que gera 159 cv com gasolina e 163 cv com etanol, tabeladas a R$ 88.730, no caso da versão SR 4×2, e R$ 103.420 no da SRV 4×4, como a avaliada pelo JC. O câmbio é sempre automático de quatro marchas.
A tecnologia bicombustível chegou atrasada à picape feita na Argentina. A pioneira foi a Chevrolet S10 (em 2007), que acaba de ser totalmente renovada. Na lanterna ficará a Ford Ranger, cuja nova geração chegará neste semestre e terá, finalmente, versão flexível.
Na Toyota o motor tem duas árvores de balanceamento para minimizar a vibração. De fato o 2.7 gira suave e dele pouco se percebe – mesmo seu ronco é discreto. Apenas na hora da partida surge um som que o faz lembrar o de propulsores a diesel.
Na estrada essa Hilux agrada. Já no trânsito urbano o câmbio limita o desempenho do motor. A Toyota é lenta em acelerações e, principalmente, em retomadas de velocidade.
Outro ponto negativo é o sistema de freios, que tem discos ventilados nas rodas da frente e tambor na traseiras. Como o utilitário é grandalhão e pesado, é preciso antecipar a frenagem para evitar sustos.
Em piso irregular, o acerto de suspensão firme faz a picape pular bastante. Não chega a ser tão incômodo como na Nissan Frontier, mas fica devendo muito ao jeito de carro de passeio oferecido pela Volkswagen Amarok.
A direção é pouco precisa, embora tenha assistência na medida certa. Surpreende o diâmetro de giro, de 12,2 metros, que facilita bastante a vida do motorista em manobras.
De série a Hilux SR traz itens como ar-condicionado, direção ajustável em altura, conjunto elétrico e toca-CDs com entradas auxiliares, entre outros.
Rival V6
Com o novo motor da Hilux, a única média V6 à venda no País é a Mitsubishi L200 Triton. Seu 3.5 gera até 205 cv. Mas a tabela assusta. São R$ 104.690.