Acabam de surgir na web imagens da nova Hilux (leia mais abaixo). Trata-se da próxima geração da picape, que será lançada na Tailândia até o fim do ano e chegará ao Brasil em 2016. Enquanto isso, a filial brasileira da Toyota vem fazendo ações para manter o modelo atraente ao consumidor, como o lançamento da série Limited Edition, com motor 3.0 turbodiesel de 171 cv, tração 4×4, câmbio automático de cinco marchas e tabela de R$ 168.680.

Limitada a 3 mil unidades, essa edição se diferencia da versão de topo pelos itens exclusivos. Na dianteira, há uma moldura plástica no para-choque, as rodas de liga leve de 17 polegadas são pintadas de preto, há santantônio cromado e capota marítima na caçamba. A cabine agrega jogo de tapetes exclusivos e soleira cromada. Na prática, o consumidor paga R$ 3.570 a mais que a versão SRV, na qual a Limited Edition é baseada, por esses equipamentos.

Produzida na Argentina, assim como as rivais Ford Ranger e Volkswagen Amarok (Chevrolet S10, Mitsubishi L200 e Nissan Frontier são nacionais), a Hilux oferece interior espaçoso e bom acabamento. Por outro lado, padece do mesmo mal que assola a maioria das concorrentes – balança muito em curvas e, quando está com a caçamba vazia, pula demasiadamente sobre pisos irregulares. O engate da tração 4×4, por alavanca à frente da do câmbio, denota a idade do projeto. Nos modelos mais modernos, o acionamento do sistema é elétrico.

Em movimento, o utilitário da Toyota mostra boa desenvoltura no uso cotidiano. Seu motor responde bem aos comandos do acelerador e os 36 quilos de torque ficam disponíveis a partir das 1.400 rpm.

O maior problema da Hilux é o preço. Ela custa bem mais que as rivais e não traz itens como controle de descida em rampas – compare as tabelas aqui.

Mercado

A Hilux mantém o segundo lugar em vendas no segmento de médias no País. Com pouco mais de 11.800 unidades emplacadas de janeiro a abril deste ano, ficou atrás da Chevrolet S10, com mais de 12 mil licenciamentos no mesmo período.

A atual geração da picape da Toyota foi lançada no Brasil em 2005. Desde então, vem recebendo principalmente atualizações mecânicas, como aumento de potência e adoção de tecnologia flexível, além de câmbio de cinco marchas – antes eram quatro. O visual ganhou apenas retoques.

A revitalização de estilo da próxima geração pretende manter o fôlego do modelo, uma vez que suas rivais serão atualizadas em breve. A Ford Ranger, terceira em vendas, passará a ter o mesmo visual do utilitário-esportivo Everest, que logo será vendido no Brasil.

As novas Mitsubishi L200 e Nissan Frontier, que ocupam, respectivamente, a quarta e a sexta posições no ranking (na quinta está a Amarok), devem estar nas lojas do País ainda neste ano. Assim como as versões atuais, também serão produzidas no País.

A única que não dá sinais de mudanças à vista é a picape da Volkswagen. Ainda assim, ela pode ser considerada um sucesso, pois, da mesma forma como a Frontier, só é vendida com motor a diesel – as demais têm opções flexíveis,

Próxima geração

A Hilux recebeu uma grande reformulação visual. Sua aparência ficou mais requintada e alinhada com a assinatura de outros modelos da Toyota, como o sedã Corolla. Destacam-se os faróis compridos e afilados, as linhas “parrudas” nos para-choques e a grade em forma de bico.

Na cabine, há novos volante e painel de instrumentos. O acabamento mistura peças cromadas e outras de tons escuros. O ponto negativo é a tela da central multimídia. A impressão é de que os engenheiros se esqueceram de projetar o sistema e, para resolver o ato falho, decidiram encaixar um tablet no painel.

Na Tailândia, um dos mercados mais importantes do mundo para as picapes médias, a Hilux terá três opções de motor. Haverá dois turbodiesel, de 2,4 (150 e 167 cv) e 2,8,litros (177 cv). A terceira é um 2.7 a gasolina de 166 cv.

No Brasil, haverá versões a diesel e flexível. A transmissão poderá ter câmbio manual ou automático e tração 4×2 ou 4×4.

Atualizada em 7/5 às 15h15