
A Toyota Hilux voltou a receber duras críticas da revista sueca Teknikens Värld. A publicação repetiu o chamado “teste do alce” na nova geração da picape, que novamente apresentou comportamento perigoso mostrado pela geração de 2007. A Hilux inclina e chega a tirar as rodas do chão em mudanças súbitas de direção, algo potencialmente perigoso.
O desequilíbrio da picape é acentuado pelas rodas maiores, de 18 polegadas. A primeira passagem foi feita a 60 km/h, com a caminhonete carregada ao máximo e quatro passageiros, mais o motorista. Enquanto as concorrentes, como Nissan Frontier, VW Amarok, Mitsubishi L200, Isuzu D-Max (a nossa Chevrolet S10) e Ford Ranger passaram sem sustos a velocidades de até 68 km/h, a Hilux quase capotou a 60 km/h.
A revista aponta que os sistemas de segurança da picape da Toyota não conseguiram evitar o quase tombamento, que foi corrigido pela reação rápida do piloto que conduzia o teste. Além disso, a marca japonesa mostrou pouca evolução no comportamento da Hilux na passagem de uma geração para outra. Uma outra unidade, com rodas menores, de 17 polegadas, ainda passou pelo mesmo teste e apresentou comportamento menos extremo, mas ainda considerado perigoso e muito aquém das rivais.
A Teknikens Värld ficou conhecida por expor falhas na segurança do comportamento dinâmico de vários carros. A revista chegou a capotar um Mercedes-Benz Classe A, no mesmo teste, pouco após seu lançamento, em 1997. O incidente ganhou proporções maiores ao ter feito a fabricante parar as vendas do modelo, então um monovolume compacto, para instalar sistemas eletrônicos de segurança, mas não impediu a mancha na imagem do carro.
Mais recentemente, em 2012, a revista apontou problemas de estabilidade no Jeep Grand Cherokee, que chegou a estourar dois pneus e também levantou as rodas do chão durante a manobra evasiva.