Honda Civic mostra evolução além do visual

No curto trecho de avaliação ? um autódromo em uma fazenda no interior do Estado ?, pôde-se comprovar o bom acerto das alterações e sua evolução em desempenho (ainda que discreta) sobre a geração anterior. O Civic está menos arisco e se mostra mais...

Por 30 de nov, 2011 · 5m de leitura.

LUÍS FELIPE FIGUEIREDO

Com dois meses de atraso, a Honda apresentou a nona geração do Civic, que só começa a vender no País em janeiro do ano que vem. O modelo deveria ter chegado às lojas em setembro, mas o tsunami que atingiu o Japão no início do ano fez a fábrica adiar os planos. As versões permanecem: LXS, LXL e EXS.

Fotos: Caio Mattos/Honda

Os preços sugeridos não haviam sido anunciados até o fechamento desta edição, mas deverão ficar bem próximos dos atuais, de R$ 66.660 a R$ 86.750. Em especial o da intermediária LXL, com câmbio automático (R$ 72.165), pois é a mais vendida, conforme a Honda.


O desenho mudou bastante e o sedã está com a dianteira parecida com a do Accord – o que representa mais sobriedade. Fato inusitado na indústria, o Civic teve seu entre-eixos encurtado. Dos 2,70 metros da oitava geração, de 2006, agora são 2,67 metros. Segundo a fábrica, o objetivo foi deixá-lo mais equilibrado.

Versão EXS traz no console tela sensível ao toque

Para isso também foram feitas mudanças na suspensão, que permanece independente nas quatro rodas. A dianteira ganhou novos braços e subchassi.


No curto trecho de avaliação – um autódromo em uma fazenda no interior do Estado -, pôde-se comprovar o bom acerto das alterações e sua evolução em desempenho (ainda que discreta) sobre a geração anterior. O Civic está menos arisco e se mostra mais “na mão” do motorista. Não havia, contudo, trechos com piso irregular para avaliar a eficiência do conjunto na filtragem da aspereza para a cabine.

Importante foi o crescimento do porta-malas, que passou a 449 litros (ganho de 109 litros) com um artifício de praticidade questionável: seu estepe é agora de uso temporário, com o qual se pode rodar até 80 quilômetros a no máximo 80 km/h.

O motor permanece o quatro-cilindros 1.8 16V flexível, com alterações – como árvore de comando de válvulas oca, para alívio de peso, e novos pistões – para diminuir o consumo em cerca de 2%, conforme a Honda. A potência com etanol continua de 140 cv e houve ganho de 1 cv com gasolina: agora são 139 cv.


Colabora para reduzir o consumo o modo “Econ” (de economia) de gerenciamento eletrônico, acionado por botão no painel, que altera parâmetros como abertura da borboleta do acelerador (mais lenta), trocas de marcha e até o ar-condicionado. O câmbio tem cinco marchas, na caixa manual ou na automática – esta traz aletas no volante para as trocas.

Leia mais na edição desta quarta-feira 30 do Jornal do Carro.